A criação de uma holding rural tem se mostrado uma solução eficaz para a proteção do patrimônio e a continuidade da agricultura familiar no Brasil, especialmente em um cenário de alta carga tributária e complexidade na sucessão familiar. Embora essa estratégia já seja uma realidade entre os grandes produtores do agronegócio, ela ainda é pouco conhecida entre pequenos e médios agricultores, que representam a base da produção de alimentos do país.
Segundo o IBGE, a agricultura familiar é responsável por cerca de 70% dos alimentos consumidos pelos brasileiros, como feijão, arroz e milho. No entanto, a falta de planejamento sucessório pode ameaçar a continuidade dessas propriedades, devido à alta carga tributária na transferência de bens para os herdeiros. De acordo com Roger Mitchel, diretor da Contabilidade Internacional, os custos envolvidos, como o ITCMD e outras taxas, podem inviabilizar a continuidade da produção familiar, forçando a venda das terras.
A holding rural surge como uma alternativa para minimizar esses custos e garantir a sucessão familiar. Essa estrutura jurídica permite uma gestão mais eficiente do patrimônio, reduzindo a carga tributária e simplificando o processo de sucessão. Mitchel destaca que a adoção dessa estratégia pode reduzir a tributação na transferência de patrimônio para até 8% ou, em alguns casos, até mesmo zerar esses custos, dependendo da estrutura adotada.
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Portanto, a disseminação desse conhecimento entre os pequenos e médios produtores é fundamental para a preservação da agricultura familiar e, consequentemente, da segurança alimentar do país. A adoção de holdings rurais pode ser um passo decisivo para garantir o futuro dessas propriedades, que são vitais para o abastecimento interno e para a economia nacional.
Fonte: agrolink