Os preços futuros dos cafés arábica e robusta oscilaram nos últimos dias, impulsionados pela passagem de uma frente fria pelo Brasil, que resultou em geadas em regiões cafeeiras importantes como o Sul de Minas, Cerrado e Mogiana.
Segundo análise da Hedgepoint Global Markets, embora as geadas tenham elevado os preços do café no início da semana, os impactos foram considerados bem menores em comparação com os ocorridos em 2021. Isso porque as geadas foram mais localizadas, afetando principalmente áreas de baixadas, e a condição das lavouras, medida pelo índice NDVI (Índice de Vegetação por Diferença Normalizada), está mais favorável neste ano, o que pode minimizar os possíveis danos às plantações.
Outro fator que influenciou os preços do café ao longo da semana foram os dados de exportação brasileiros de julho. O volume exportado no mês atingiu 3,77 milhões de sacas, um aumento de 25,7% em relação a julho de 2023. No acumulado de 2024, as exportações somam 28,1 milhões de sacas, estabelecendo um novo recorde para o período.
Enquanto as exportações de arábica alcançaram 2,49 milhões de sacas, um aumento de 13% em relação ao ano anterior, o destaque ficou com as exportações de conilon, que totalizaram 900,81 mil sacas, um crescimento expressivo de 82,2% em comparação ao mesmo período de 2023, marcando o segundo maior volume mensal da história.
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A alta nas exportações de conilon foi favorecida pela oferta restrita no Sudeste Asiático, com países como Vietnã e Indonésia importando grãos brasileiros, o que reforça a perspectiva de menor oferta de robusta neste ano. Apesar da volatilidade recente, as perspectivas de médio prazo ainda apontam para um suporte nos preços, considerando a demanda resiliente globalmente e as expectativas de déficit no ciclo 2024/2025.
Fonte: agrolink
