Os futuros da soja nos Estados Unidos registraram leve alta durante a noite, impulsionados pelo atraso no plantio no Brasil, maior exportador mundial da oleaginosa, e pela seca crescente nos EUA. De acordo com a consultoria AgRural, os produtores brasileiros completaram apenas 8,2% do plantio até esta semana, menos da metade dos 17% alcançados no mesmo período do ano passado.
O clima extremamente seco tem afetado as regiões produtoras, mas a previsão de chuvas generalizadas para a próxima semana melhora as perspectivas para os agricultores. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) projeta uma safra de 166 milhões de toneladas para o Brasil, enquanto o USDA estima uma produção de 169 milhões de toneladas, o que seria um recorde se concretizado, superando as 153 milhões de toneladas de 2023.
Nos EUA, a seca se intensifica no Centro-Oeste, com 53% de uma área de nove estados, incluindo Iowa e Illinois, enfrentando essas condições na terça-feira, segundo o Monitor de Secas dos EUA. Esse percentual representa um aumento em relação aos 42% da semana anterior e aos 3,7% de três meses atrás. No Kansas, onde o trigo vermelho duro de inverno está sendo cultivado, 64% do estado sofre com a seca, acima dos 57% registrados na semana anterior e dos 18% de três meses antes.
Durante a noite, os futuros de soja para novembro subiram 3¢, cotados a $10,01 por bushel na Chicago Board of Trade. O farelo de soja teve alta de $3,70, atingindo $321,80 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja caiu 0,12¢, fechando a 42,47¢ por libra. Já os futuros de milho aumentaram 1¾¢, chegando a $4,09½ por bushel. No mercado de trigo, os futuros para dezembro caíram 1¼¢, para $5,88¼ por bushel, enquanto os contratos de Kansas City subiram ½¢, fechando a $5,96½ por bushel.
Fonte: agrolink