Fiagro cai na Bolsa após imbróglio


O Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) AZ Quest Sole (AAZQ11) enfrenta uma significativa turbulência no mercado, decorrente do recente imbróglio judicial envolvendo uma suposta venda ilegal de créditos de carbono. Por volta de 13h30 desta quinta-feira (13), o fundo registrava uma queda de 6,79% na bolsa, sendo negociado a R$ 6,86.

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A crise se intensificou nos últimos dias, resultando em uma queda de 20,42% apenas nos últimos cinco dias, quase equivalente à perda acumulada ao longo de um mês, que é de 20,88%. No acumulado de 2024, a desvalorização é de 18%, refletindo a gravidade da situação.

O AZ Quest Sole é um fundo que investe em outro fundo com exposição a um certificado de recebíveis do agronegócio (CRA) emitido pela empresa Stoppe LTDA. Recentemente, os sócios da Stoppe LTDA foram identificados pela Polícia Federal como líderes de uma suporta organização criminosa que estaria envolvida em um esquema de grilagem de terras no Amazonas, intensificando as preocupações dos investidores.

O supostos envolvimento da Stoppe LTDA em atividades criminosas de grilagem de terras adiciona uma camada de risco significativo para o AZ Quest Sole. A confiança dos investidores foi abalada, resultando em uma rápida retirada de capital e subsequente desvalorização das cotas do fundo.

A grilagem de terras é um problema sério no Brasil, particularmente na região amazônica, onde a expansão ilegal das fronteiras agrícolas muitas vezes leva à degradação ambiental e conflitos sociais. A associação do AAZQ11 com uma empresa que estaria envolvida em tais práticas tem sérias implicações para a reputação e a viabilidade financeira do fundo. O mercado reagiu negativamente à notícia, refletida na acentuada queda dos valores das cotas do AAZQ11.

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O delegado da Polícia Federal, Thiago Marrese Scarpellini, declarou à Reuters que as empresas que compraram créditos de carbono acreditam ser terceiros de boa-fé. Ele também mencionou que essas empresas não têm capacidade de verificar se a área onde ocorreu o projeto de crédito de carbono é uma área grilada, enfatizando que houve validação por parte de uma certificadora internacional.

“Diante das notícias veiculadas sobre a Operação Greenwashing, como investidora do Fundo, titular dos CRAs, estamos em contato, desde a divulgação das primeiras notícias, com a gestora do Fundo e seguimos diligenciando para que todas as providências sejam tomadas de acordo com o Termo de Securitização para a preservação dos direitos dos Titulares dos CRAs, inclusive para que haja o imediato envolvimento de escritório de advocacia que conte com profissionais com notória especialização em recuperação de crédito e investigação criminais”, disse a AZ Quest Agro, em comunicado.

Fonte: agrolink

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