A cotação do trigo na Bolsa de Chicago (CBOT) já subiu 31 cents por bushel em 2025, alcançando US$ 582,50 nesta sexta-feira, uma valorização de 5,62% no ano, segundo a TF Agroeconômica. Apenas em fevereiro, a alta foi de 4,11%, impulsionada pela pressão compradora e pela aproximação da definição das colheitas de inverno no Hemisfério Norte. Essa tendência pode impactar os custos da matéria-prima para moinhos e indústrias de massas e biscoitos no Brasil, que terão que pagar mais caro pelo trigo importado.
Entre os principais fatores de alta, destacam-se a realização de lucros por grandes fundos para cobrir perdas no mercado acionário e a desaceleração nas exportações da região do Mar Negro. Além disso, a previsão de temperaturas extremamente baixas na Rússia e Ucrânia pode comprometer lavouras sem cobertura de neve. Na União Europeia, as exportações de trigo soft estão 37% abaixo do volume do ano anterior, totalizando 12,51 milhões de toneladas. No Brasil, os estoques são estimados em apenas 1,35 milhão de toneladas, enquanto a demanda até agosto gira em torno de 5,9 milhões de toneladas, pressionando a necessidade de importação.
Por outro lado, alguns fatores limitam o avanço dos preços. Os estoques de trigo canadense em dezembro foram de 24,48 milhões de toneladas, praticamente estáveis em relação ao ano anterior. Além disso, a produção chinesa mais robusta reduziu a importação de 600 mil toneladas previamente contratadas, impactando a demanda global. No Brasil, a cobertura estendida dos estoques dos moinhos e a concentração das vendas em algumas indústrias evitam um avanço maior dos preços no curto prazo.
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Diante desse cenário, a TF Agroeconômica recomenda atenção às oportunidades no mercado futuro. Investidores que seguiram suas orientações no início do ano já obtiveram ganhos de US$ 11,39 por tonelada (R$ 66,06/t) e a tendência de valorização ainda pode ser ampliada. Buscar novas estratégias de comercialização pode ser fundamental para maximizar os retornos em um momento de incerteza global.
Fonte: agrolink