A análise de mercado mais recente da Grão Direto aponta que a safra norte-americana de soja está progredindo de forma promissora, com o plantio atingindo mais de 90% da área projetada, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Este ritmo está ligeiramente acima da média dos últimos cinco anos, que é de 91%. Paralelamente, as exportações estão em alta, com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) revisando suas estimativas para cima, agora prevendo 14,88 milhões de toneladas, um aumento de cerca de 1 milhão de toneladas em relação à semana anterior.
Na última semana, o dólar teve uma alta significativa. A manutenção da taxa de juros brasileira em 10,50% trouxe certo alívio ao mercado, mas a incerteza fiscal no país continua a ser uma preocupação. Em Chicago, o contrato de soja para julho de 2024 caiu para US$11,60 por bushel, uma queda de 1,53%. Esse movimento negativo também foi observado no mercado físico brasileiro, apesar da alta do dólar para R$5,44. O contrato com vencimento em março de 2025 fechou pessimista, recuando 2,07% para US$11,38 por bushel.
Projeções para a semana: clima, plantio e exportações
Clima: As condições climáticas continuam a ser uma variável crucial para o mercado. As previsões indicam uma possível dispersão das chuvas nas regiões de Illinois, Missouri, Kansas, Nebraska e as Dakotas do Sul e do Norte. Embora este cenário não deva impactar significativamente nesta semana, uma persistência desse padrão climático pode resultar em volatilidade nos preços.
Safra Norte-Americana: O Monitor de Seca reportou um leve aumento na área afetada pela seca, de 2% para 3%, comparado ao mesmo período do ano passado, que apresentava 57% de área afetada. Com o plantio avançando para 93% da área total projetada, conforme atualização do USDA, o ritmo está ligeiramente inferior ao do ano passado, mas ainda acima da média dos últimos cinco anos. Esta progressão tem gerado otimismo no mercado em relação à oferta, pressionando as cotações em Chicago.
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Exportações Norte-Americanas: O ritmo de vendas da safra 2023/24 tem crescido pela terceira semana consecutiva, alimentando o otimismo sobre a demanda. No entanto, a incerteza quanto à demanda chinesa persiste, uma vez que o país asiático ainda não realizou compras significativas da safra norte-americana 2024/25. Esta situação levanta preocupações sobre possíveis represálias chinesas às medidas protecionistas dos EUA.
Com as boas perspectivas de oferta, especialmente nos Estados Unidos, é provável que esta semana veja novos movimentos de queda nos preços em Chicago, o que também pode influenciar as cotações no Brasil.
Fonte: agrolink