Exportações brasileiras de café disparam em maio


As exportações de café do Brasil continuaram a mostrar uma forte tendência de alta em maio, alcançando 4,39 milhões de sacas (scs), um aumento impressionante de 79,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados pela Cecafe. Este crescimento é destacado principalmente pelo aumento nas exportações de café verde, que subiram 90,2% em relação a maio de 2023.

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Os embarques de café arábica atingiram 3,16 milhões de sacas, representando um crescimento de 59,1% em relação ao ano anterior. Já as exportações de robusta totalizaram 868 mil sacas, um aumento de sete vezes comparado a maio do ano passado. Esses números refletem a contínua expansão do mercado brasileiro de café, que tem se destacado em um cenário global competitivo.

A receita total gerada pelas exportações em maio foi de US$ 1,017 bilhão, a maior já registrada pela Cecafe em um único mês. Esse valor expressivo coloca o Brasil em uma posição de destaque, especialmente à medida que o país se aproxima de bater o recorde de exportações da safra 2020/21, que foi de 45,7 milhões de sacas.

De acordo com Laleska Moda, analista de Café da Hedgepoint Global Markets, “os dados de exportação reforçam o papel do Brasil como principal fornecedor de café no mundo e sua importância no lado do robusta, à luz das recentes quedas nos embarques do Sudeste Asiático.”

O Brasil tem se beneficiado da queda nas exportações de café do Vietnã, que em maio registraram uma redução acentuada, com apenas 1,32 milhões de sacas exportadas. Esse número representa uma queda de 47,8% em relação a abril e 47% em comparação a maio do ano anterior, refletindo a oferta restrita no país asiático.

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“A partir do final de 2023, observamos um aumento das exportações brasileiras em relação aos embarques da Indonésia e Vietnã. Nos primeiros cinco meses de 2024, as exportações brasileiras já são 35% maiores que as exportações indonésias e vietnamitas juntas”, acrescentou Laleska Moda.

A oferta restrita no Sudeste Asiático tem ajudado a evitar quedas nos preços do café, mesmo com o aumento das exportações brasileiras. A expectativa é de que essa tendência se mantenha, especialmente considerando as condições climáticas adversas no Vietnã, que podem impactar a produção futura.

No âmbito macroeconômico, os dados recentes do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA e a decisão do Federal Reserve (FED) de manter a taxa de referência inalterada entre 5,25% e 5,50%, com potencial para apenas um corte ao longo do ano, também podem influenciar os preços das commodities no médio prazo. Essas decisões econômicas são fundamentais para o mercado de café, especialmente em relação ao dólar.

 

Fonte: agrolink

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