Nos próximos anos, os mandatos de mistura historicamente altos e a crescente demanda doméstica por óleo de soja, fundamental para a produção de biodiesel, podem impactar significativamente as exportações brasileiras do produto, alertaram fontes do mercado à S&P Global Commodity Insights. Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador mundial de óleo de soja, com projeções de exportação para o ano comercial de 2024-25 situando-se em 1,4 milhão de toneladas, uma redução de 22,2% em relação ao período anterior, apesar do aumento na produção, conforme indicado pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Em 2024, o óleo de soja representa 72% das matérias-primas utilizadas na fabricação de biodiesel, um aumento em relação aos 69% de 2023, conforme dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). O atual mandato de mistura de biodiesel no Brasil é de B14, o mais alto registrado na história do país.
As exportações brasileiras de óleo de soja atingiram picos com o aumento da produção e a redução do mandato de mistura, antes de uma queda significativa no ano fiscal de 2023-24. Em abril, o volume de esmagamento de soja atingiu um recorde mensal de 4,8 milhões de toneladas, alinhado com as expectativas dos analistas da S&P Global Commodity Insights. O volume de soja moída permaneceu praticamente inalterado em relação ao ano anterior, resultando em uma produção de óleo de soja de 965.000 toneladas no mês.
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Esses dados destacam os desafios e as oportunidades enfrentados pelo setor de óleo de soja no Brasil, com o mercado interno ganhando importância devido aos altos mandatos de mistura de biodiesel. A necessidade de equilibrar a demanda interna crescente com as expectativas de exportação desafia os produtores e exportadores, enquanto a produção recorde reflete uma resposta robusta à demanda global por óleo de soja.
Fonte: agrolink