A cultura da erva-mate continua desempenhando um papel crucial na economia e na sociedade da região de Erechim, conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado na última quinta-feira (29). O cultivo, especialmente nos municípios que abrigam agroindústrias ervateiras, contribui para a geração de renda das famílias. A colheita está em andamento e os rendimentos variam entre 800 e 1.000 arrobas por hectare, dependendo do nível de manejo adotado pelos produtores. O estado fitossanitário das plantações é considerado adequado, permitindo boas perspectivas de produtividade.
No aspecto comercial, o mercado de erva-mate apresenta estabilidade. Os preços pagos à indústria são de R$ 17,00 por arroba para a erva entregue, enquanto na planta o valor é de R$ 10,00 por arroba. No entanto, em algumas regiões como Frederico Westphalen, produtores relatam dificuldades devido à remuneração considerada insuficiente, além das estiagens que afetaram a produtividade. A área total de cultivo na região é de 2.689 hectares, mas há uma tendência de redução, já que alguns produtores estão migrando para o cultivo de soja e outros grãos mais lucrativos.
Apesar das dificuldades com remuneração e mão de obra, a erva-mate da região é amplamente comercializada no mercado regional, nacional e internacional, com destinação para o chimarrão, tererê e chá. A colheita segue até setembro, sendo pausada em outubro para preservar a brotação intensa das plantas. Em 2024, o clima favorável com boas chuvas ajudou no desenvolvimento das lavouras, melhorando a qualidade da produção.
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Os preços praticados variam conforme a qualidade da erva-mate e a destinação. A erva-mate nativa colhida pela indústria está sendo comercializada entre R$ 20,00 e R$ 22,00 por arroba, enquanto a erva-mate plantada varia entre R$ 10,00 e R$ 12,00. Já a erva destinada à exportação e ao tererê alcança R$ 20,00 por arroba, refletindo o potencial da cultura para o mercado internacional.
Por outro lado, os produtores expressam insatisfação com a falta de reajuste nos preços, o que tem limitado a expansão da atividade e dificultado a entrada de novos agricultores no setor. A expansão das áreas de cultivo, em sua maioria, está sendo conduzida por produtores tradicionais com ervais nativos, que conseguem obter melhores preços no mercado.
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Fonte: agrolink