No primeiro trimestre deste ano, a economia da Argentina sofreu uma queda drástica de 5,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, marcando o segundo trimestre consecutivo de contração econômica e oficializando a entrada do país em recessão técnica. Essa desaceleração econômica foi amplamente impulsionada por quedas significativas em setores-chave, destacando-se a Construção com uma redução de 19,7%, seguida pela Indústria de transformação (-13,7%) e atividades de Intermediação financeira (-13,0%). Em contraste, o setor de Agricultura, pecuária, caça e silvicultura registrou um crescimento de 10,2%.
No ano anterior, a Argentina experimentou um crescimento modesto de 0,5% no primeiro trimestre, seguido por uma queda de 2,5% no segundo trimestre, um leve aumento de 2,2% no terceiro trimestre e outra queda de 1,4% no último trimestre de 2023, indicando uma deterioração gradual da economia nos meses que antecederam a atual recessão.
O consumo privado foi severamente impactado, sofrendo uma queda significativa de 6,7% no primeiro trimestre deste ano. Essa redução pode ser atribuída à desvalorização contínua do peso argentino, exacerbada por uma inflação acelerada que atingiu 57,3% no período, reduzindo o poder de compra dos salários e aposentadorias.
A política econômica adotada pelo governo de Javier Milei contribuiu para uma desvalorização acentuada do peso, com efeitos divergentes nas exportações e importações. As exportações argentinas cresceram 26,1% nos primeiros três meses do ano, beneficiando-se da competitividade dos produtos argentinos no mercado internacional. Em contrapartida, as importações diminuíram 20,1%, refletindo uma demanda interna enfraquecida e medidas de restrição econômica.
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À medida que a Argentina enfrenta essa recessão técnica, as perspectivas econômicas futuras permanecem incertas. O país enfrenta desafios significativos para restaurar a confiança dos consumidores e investidores, estabilizar sua economia e mitigar os impactos sociais decorrentes dessa crise econômica. As medidas políticas e econômicas a serem implementadas nos próximos trimestres serão cruciais para determinar o rumo da recuperação econômica do país.
Fonte: agrolink