Dólar preocupa o agro


Na manhã desta quarta-feira, o dólar americano foi cotado a R$ 5,4965, um valor que preocupa o setor agrícola brasileiro, conforme destacado por José Carlos de Lima Júnior, sócio do MARKESTRAT GROUP e cofundador da HARVEN AGRIBUSINESS SCHOOL, em uma publicação recente no LinkedIn. Lima Júnior argumenta que esse movimento cambial traz consigo uma série de desafios significativos para o agronegócio nacional.

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Primeiramente, o dólar alto inflaciona os custos de importação, o que pode contribuir para pressões inflacionárias no mercado interno. Além disso, a manutenção das taxas de juros em níveis elevados pelos Bancos Centrais é provável, o que mantém o crédito caro e dificulta a redução dos custos operacionais para os produtores.

Em relação às exportações, embora o dólar valorize as commodities agrícolas em termos de moeda estrangeira, o retorno sobre o investimento por área produzida é reduzido. Isso significa que, apesar de uma potencial aumento na receita em dólares, o lucro líquido para os produtores pode diminuir, comprometendo a rentabilidade do setor.

Lima Júnior também destaca um detalhe muitas vezes negligenciado: os recentes ataques no Mar Vermelho resultaram em uma significativa disparada nos custos de frete marítimo. Em março, o custo de transporte de um contêiner de 40 pés estava em torno de US$ 1.170,00; atualmente, esse valor saltou para US$ 10.000,00. Esse aumento exponencial no frete marítimo representa um ônus adicional para os exportadores brasileiros, aumentando consideravelmente o custo total de aquisição no país.

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Em resumo, a combinação de um dólar alto, aumento nos custos de frete marítimo e a manutenção das margens de lucro do importador pode resultar em um impacto negativo de aproximadamente 44% nos custos de aquisição no Brasil. Esses fatores tornam imperativo que os players do agronegócio adotem estratégias robustas de gestão de risco e de otimização operacional para mitigar os efeitos dessa conjuntura desafiadora.
 

Fonte: agrolink

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