Doença de Newcastle pode trazer fortes impactos financeiros


O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou no dia 17 de julho, um novo foco da doença de Newcastle (DNC) em uma avicultura comercial de corte no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul. O diagnóstico positivo foi divulgado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional para o diagnóstico da DNC.

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A doença de Newcastle, uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causa sintomas respiratórios, nervosos, diarreia e edema da cabeça. O vírus é altamente virulento em aves comerciais e a notificação da doença é obrigatória à OMSA.

Juarez Morbini, engenheiro agrônomo, explicou em entrevista ao portal Agrolink as medidas que estão sendo adotadas para conter a propagação da doença. “O local foi interditado, as aves foram eliminadas e está sendo feita a desinfecção. Haverá monitoramento de outras granjas de produção num raio de 10 a 50 quilômetros para verificar se não houve contaminação nesses outros locais,” disse Morbini.

A Doença de Newcastle exige monitoramento contínuo próximo à área onde o primeiro caso foi diagnosticado. “Está impedida a movimentação de aves aqui no Rio Grande do Sul,” afirmou Morbini. “A produção e o mercado local não serão prejudicados por algum tempo, as exportações de carne de frango já foram suspensas na última semana. “Estamos diante de uma doença muito grave para a avicultura, que deve ser evitada ou eliminada,” acrescentou Morbini.

O impacto econômico pode ser significativo, segundo Morbini. No entanto, ele destacou a importância de manter a confiança do consumidor no consumo de produtos avícolas durante o surto da doença. “Precisamos mostrar ao público consumidor que esta é uma doença regionalizada, constatada em apenas um estabelecimento. As aves foram eliminadas e está sendo feita a desinfecção para eliminar qualquer possibilidade de transmissão do vírus,” explicou.

Morbini ressaltou que os produtos avícolas continuam tendo a mesma qualidade de antes da constatação da doença. “A maneira que estamos tentando fazer com que não haja medo no consumo de produtos avícolas é esclarecer que o problema é localizado e que o restante dos frangos produzidos no Rio Grande do Sul não apresentam nenhum problema até o presente momento.”

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Para assegurar os consumidores sobre a segurança dos produtos avícolas inspecionados, Morbini sugeriu estratégias de comunicação mais eficazes. “A estratégia principal deveria ser, através dos meios de comunicação da imprensa, de televisões, de rádio, fazer pronunciamentos oficiais de que a carne de frangos produzida fora da área de contaminação continua sendo segura,” afirmou.

Ele enfatizou a necessidade de informar o público sobre as medidas sanitárias adotadas para garantir a segurança dos produtos. “O grande problema será fazer com que o consumo da carne de frangos volte ao normal. Muita gente não tem conhecimento das medidas sanitárias já adotadas e acha que isso está acontecendo com todos os frangos produzidos no estado,” comentou.

Morbini destacou ainda a importância de restaurar a confiança do consumidor nos produtos avícolas. “É uma situação bastante difícil para a avicultura neste momento. Já passamos por enchentes que afetaram muitos aviários, e agora enfrentamos mais um desafio no segmento de produção de aves. Acredito que, em pouco tempo, isso será restabelecido para que os avicultores não sofram mais problemas,” concluiu.

 

Fonte: agrolink

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