Segundo informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (IBRAFE), o volume de lotes de feijão colhidos em 2023 tem aumentado significativamente. Esta semana, houve um descompasso natural entre o volume colhido e a demanda, resultando em uma ligeira oscilação nos valores pagos ao produtor, que se mantiveram, na maioria dos casos, no máximo de R$ 220 para o feijão-carioca de peneira alta e cor 9/9,5 de escurecimento lento.
No entanto, 10 em 10 produtores e agrônomos consultados indicam que o volume de colheita irá aumentar nos próximos dias, com cerca de 47% de todo o Feijão da terceira safra sendo colhido em agosto. Os produtores estão certos em barganhar ao máximo e vender apenas quando necessário para cobrir contas urgentes. Esta estratégia é crucial para evitar perdas financeiras significativas, especialmente em um cenário de preços voláteis. A demanda, apesar de oscilante, ainda não se ajustou completamente ao aumento da oferta, criando um ambiente desafiador para todos os envolvidos na cadeia produtiva.
Do lado dos empacotadores, a situação é igualmente desafiadora. Pagar R$ 10 a mais por saca no campo pode resultar em um aumento do volume de oferta nos próximos dias e uma subsequente queda nos preços. I Outro ponto importante é o Feijão-carioca armazenado do ano passado, que, por estar escuro, não encontra compradores facilmente. Aqueles que não venderam quando os preços estavam acima de R$ 300 em janeiro e fevereiro, agora enfrentam dificuldades em negociar.
googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘agk_14000_pos_4_conteudo_mobile’); });
Atualmente, esses lotes têm poucos compradores dispostos a pagar mais de R$ 110/120 FOB fazenda. Esse cenário ilustra a complexidade do mercado do feijão no Brasil, onde variações na oferta e demanda afetam diretamente os preços e as estratégias de negociação dos produtores e empacotadores.
Fonte: agrolink