O mercado de pesticidas na Rússia enfrenta desafios significativos devido a uma combinação de fatores externos e internos. Globalmente, a queda acentuada nos preços dos pesticidas, resultante de superprodução e intensa competição, pressiona o mercado russo e afeta a viabilidade econômica dos produtores locais.
A instabilidade econômica e a mudança na demanda por culturas também reduziram a área plantada, diminuindo a necessidade de pesticidas. Além disso, as sanções e tensões políticas complicam a exportação de produtos agrícolas russos, gerando excedente interno e reduzindo a renda dos agricultores, o que afeta seu poder de compra e investimento em agroquímicos.
Internamente, a competição acirrada entre grandes players estrangeiros e produtores russos tem levado a guerras de preços, comprometendo ainda mais a lucratividade. Esses fatores criam um cenário desafiador para fabricantes, redes de distribuição e produtores agrícolas na Rússia, que enfrentarão uma dinâmica de mercado complexa nos próximos dois a três anos.
Adicionalmente, o mercado russo de pesticidas enfrenta desafios críticos. O elevado custo de registro de novos produtos, que pode chegar a cerca de US$ 300.000, representa uma barreira significativa em comparação com outros países, como a Austrália. O sistema de rastreabilidade FGIS Saturn também tem baixa adesão, especialmente entre pequenas e médias empresas, devido aos altos custos de implementação. A introdução prevista de quotas de importação pode resultar em escassez de produtos, complicando ainda mais a situação para os produtores agrícolas.
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Além disso, o mercado é prejudicado pela alta participação de pesticidas ilegais, que representam mais de 25% do total, ameaçando a segurança e a competitividade dos produtos legais. A facilidade com que produtos falsificados entram no mercado através das fronteiras e da Comunidade Econômica Eurasiática é um problema adicional. Sanções financeiras e restrições nos acordos internacionais, como transações em yuan com China e Índia, aumentam os custos e os prazos de entrega para os importadores.
Fonte: agrolink
