Em uma análise detalhada sobre as condições climáticas em Mato Grosso do Sul, o engenheiro agrônomo João Pedro Cuthi Dias compartilhou preocupações significativas sobre os impactos do clima na produção agrícola no estado. As informações vali de Dias destacam as dificuldades enfrentadas pelos agricultores e lançam luz sobre as projeções para a safra em andamento.
Segundo João Pedro Cuthi Dias, a janela crucial para o plantio, que ocorre após o término do vazio sanitário em setembro, foi afetada pelas condições adversas deste ano. As altas temperaturas, atingindo até 42º no solo, combinadas com a escassez de chuva, resultaram em um estande reduzido para a soja precoce. A falta de estrutura da planta tornou-se evidente, levando a previsões de quebra significativa na produtividade para essa primeira safra.
Atualmente, em dezembro, muitas regiões do norte do estado ainda não concluíram o plantio, e as áreas que foram plantadas enfrentam sérios desafios devido à falta de chuva. A soja, germinando sob estresse, levanta dúvidas sobre a estimativa inicial de uma safra de 14 milhões de toneladas, com impactos diretos na produção de milho.
Dias ressalta que metade da área destinada à soja deve ser plantada com milho. Além da questão do preço desfavorável do milho, em torno de 40 a 45 reais a saca, o atraso no plantio do milho implica que ele entrará em processo de reprodução no início de abril, um período historicamente crítico para a ocorrência de chuvas. O engenheiro agrônomo alerta para as condições climáticas adversas, incluindo temperaturas excessivas e falta de chuva, impactando negativamente na produção de milho de segunda safra.
A situação em Mato Grosso do Sul reflete uma tendência semelhante no vizinho estado de Mato Grosso, o maior produtor de grãos do Brasil. Enquanto algumas regiões enfrentam excesso de chuva no sul do país, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso lidam com a escassez de chuva e o calor intenso, destacando a complexidade do cenário agrícola brasileiro em 2023.
Fonte: agrolink
