Corpos encontrados em barco no Pará alarmam comunidade malinesa


Um barco com cidadãos do Mali e da Mauritânia chegou ao Pará com 9 corpos, despertando lembranças dolorosas para Mohamed Diallo, um malinês de 46 anos residente em Capinzal (SC). Ele recorda de conterrâneos desaparecidos há aproximadamente 2 meses no Oceano Atlântico, enquanto tentavam alcançar as Ilhas Canárias, território espanhol próximo à costa africana e usado como ponto de entrada para a Europa.

Os desaparecidos, um grupo de 8 a 10 homens de Sélifel, saíram do Mali para a Mauritânia em busca dessa rota. Desde então, não há notícias sobre eles. Diallo expressa a importância de saber o destino dessas pessoas, ressaltando que são todos membros da mesma família ou parentes próximos.

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A travessia da Mauritânia até as Ilhas Canárias implica em navegar por pelo menos 700 km no Oceano Atlântico. As pequenas embarcações, como a encontrada no Pará, muitas vezes se perdem no mar, afastando-se da costa para evitar detecção por guardas costeiros de outros países. Antonio Carvalho, mestre em relações internacionais, destaca que essas embarcações podem ser capturadas por correntes marítimas, o que pode explicar o destino do barco encontrado.

A Polícia Federal suspeita que 25 pessoas estavam a bordo, indicando a presença de 25 capas de chuva e 27 celulares. O superintendente da PF no Pará, José Roberto Peres, acredita que o barco pode ter se perdido e sido levado pelas correntes marítimas até o Brasil. Ele menciona casos semelhantes ocorridos em 2021, tanto no Caribe quanto no Ceará.

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De acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), a rota entre a África e a Europa via Oceano Atlântico é uma das mais perigosas do mundo, com 543 migrantes mortos ou desaparecidos em 2022.

Até o momento, a Polícia Federal não divulgou a identidade dos 9 corpos encontrados. A comunidade malinesa no Brasil está em busca de informações através da embaixada do país, temendo que conhecidos estejam entre as vítimas. Adama Konate, porta-voz da comunidade malinesa, destaca o impacto emocional da notícia em todos os membros.

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Fonte: gazetabrasil

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