O consumo de feijão-preto no Nordeste tem registrado um crescimento surpreendente, refletindo mudanças significativas nos hábitos alimentares da região, segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe). Tradicionalmente, o Nordeste do Brasil é conhecido pelo consumo predominante de feijão-macassa (ou feijão-de-corda), mas os últimos anos têm visto uma mudança gradual em direção ao feijão-preto, uma variedade mais associada ao Sudeste e ao Sul do país.
Esse aumento na demanda pelo feijão-preto coincidiu com uma safra excepcional no Paraná, um dos principais estados produtores dessa leguminosa. Mesmo enfrentando desafios climáticos e outros contratempos, a maioria dos produtores paranaenses reportou resultados satisfatórios para o ano. Observadores que passaram pelo interior do estado durante o desenvolvimento da cultura notaram plantações mais exuberantes do que o habitual, indicando um incremento significativo na produção.
A área cultivada neste ano sugere um volume adicional de 170.000 a 180.000 toneladas em comparação com a colheita de 2023. Após o período de colheita, verificou-se que grande parte do feijão-preto foi comercializado e consumido no mercado interno, com destaque para o crescimento no Nordeste.
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Os empacotadores, que trabalham com volumes expressivos, aumentaram suas compras além do habitual, aproveitando momentos em que os preços caíram abaixo dos R$ 200 por saca de 60 quilos. Essa movimentação no mercado interno foi estratégica, pois permitiu que esses empacotadores estocassem feijão a preços competitivos, atendendo à crescente demanda nordestina.
Além do mercado interno, cerca de 16 mil toneladas de feijão-preto foram exportadas até o momento, demonstrando a capacidade de produção e a qualidade do feijão paranaense, que atende tanto ao mercado doméstico quanto ao internacional.
Fonte: agrolink