O mercado agrícola internacional encerrou o ano com poucas alterações relevantes nos principais indicadores de oferta e demanda. Segundo levantamento da consultoria AZ Group, os dados mais recentes indicam ajustes pontuais nas estimativas de produção, área e produtividade, além de revisões nos estoques, refletindo o andamento das lavouras e as condições climáticas ao longo da safra.
No caso da soja, o relatório não trouxe as mudanças esperadas pelo mercado. A produção nos Estados Unidos foi mantida em 115,75 milhões de toneladas, assim como os estoques finais. No cenário sul-americano, houve leve aumento na estimativa de produção da Argentina, com colheita projetada em 52,8 milhões de toneladas, enquanto o Brasil teve seus números preservados. O avanço do plantio argentino alcança 58,6% da área prevista, abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, refletindo atraso operacional. Ainda assim, 58% das lavouras apresentam condição classificada como boa a excelente.
Para o milho, o relatório de dezembro referente à temporada 2025/26 nos Estados Unidos não indicou alterações expressivas. A produção foi estimada em 425,5 milhões de toneladas, com rendimento médio de 11,7 toneladas por hectare. Os principais ajustes ocorreram nos estoques, que recuaram diante do impacto de exportações maiores. No balanço global, a produção foi reduzida em 8,1 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais caíram 9,5%. A média estimada segue suficiente para absorver eventuais revisões negativas. No mercado local, ainda resta precificar 50% da safra 2024/25.
Já o trigo apresentou números mais relevantes. A produção nos Estados Unidos foi elevada em 9 mil toneladas, com volume estimado em 28,9 milhões de toneladas. Em nível mundial, a produção avançou para 837,8 milhões de toneladas. Na Argentina, houve redução da área produtiva, atraso de 3,5 pontos percentuais no plantio em relação ao ciclo anterior e corte de 5,8 milhões de toneladas na produção, conforme os dados consolidados.
Fonte: agrolink
