O conceito “waterless” surgiu em 2015 na Coreia do Sul para criar produtos cosméticos com pouca ou nenhuma água. Com as mudanças climáticas e a redução das chuvas, especialmente na Europa, esse movimento se expandiu para a América do Norte e outras áreas, incluindo o agronegócio.
A FAO indica que a agricultura utiliza 70% da água doce globalmente, sendo 72% no Brasil. A variabilidade das chuvas tem afetado a disponibilidade de água. Na Espanha, a seca prolongada em 2023 impactou a produção de azeite, elevando seus preços globalmente. Em Barcelona, a escassez de chuvas levou ao racionamento de água, afetando a agricultura. Uma pesquisa da Kekst CNC com 800 produtores agrícolas de diversos países mostrou que 76% estão preocupados com os impactos das mudanças climáticas em seus negócios.
Rafael de Souza, doutor em Biologia Molecular, Genética e Bioinformática, e cofundador da Symbiomics, destaca que o agronegócio, dependente das chuvas, enfrenta desafios significativos devido às mudanças climáticas. Segundo a Conab, a produção de grãos na safra 2023/2024 no Brasil deve diminuir 2,4% devido às condições adversas do El Niño, afetando a vulnerabilidade a pragas e doenças. Por isso, a pesquisa em biotecnologia foca em tornar a produção de alimentos mais resistente e sustentável, utilizando menos água.
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A Symbiomics, startup investindo nesse campo, desenvolve tecnologias como os bioestimulantes, que fortalecem a saúde vegetal e melhoram a resiliência contra seca e calor. Utilizando microrganismos selecionados e tecnologias avançadas como sequenciamento genético e inteligência artificial, a empresa busca criar biológicos mais eficazes para aumentar a resiliência e produtividade das plantas em condições ambientais adversas, como o calor excessivo.
Fonte: agrolink