A TF Agroeconômica informou que o mercado de trigo no Rio Grande do Sul segue estável, sem incentivar novas negociações, embora o preço na pedra tenha subido para R$ 71,00/saca em Panambi. A retirada do grão ainda enfrenta atrasos, reflexo da menor moagem em fevereiro. Compras para a segunda quinzena de março e abril estão sendo negociadas, com indicações de R$ 1.350,00/t no interior, enquanto os vendedores pedem entre R$ 1.400,00 e R$ 1.450,00/t. Muitas ofertas partem do Rio Grande do Sul a R$ 1.300,00 FOB, e, com frete e ICMS, chegam ao leste de Santa Catarina por cerca de R$ 1.600,00/t.
Em Santa Catarina, a área plantada pode crescer 2,0%, mas a produção tende a cair 6,3% devido à expectativa de uma produtividade 8,1% menor. O mercado segue desaquecido, com dificuldades na venda de farinhas, o que impede reajustes. Os moinhos relatam que os preços de venda não cobrem os custos, e aumentos inviabilizariam ainda mais as negociações. Há expectativa de melhora com o retorno às aulas. Os preços na pedra mantiveram-se em R$ 72,00/saca em Canoinhas e R$ 69,00 em Chapecó, mas subiram para R$ 78,00 em Joaçaba, R$ 73,00 em São Miguel do Oeste e R$ 77,00 em Xanxerê.
No Paraná, a CONAB projeta uma redução de 1,0% na área plantada, mas um aumento expressivo de 39,2% na produtividade e 37,8% na produção, totalizando 3,3 milhões de toneladas. O mercado tem poucas ofertas, com vendedores pedindo entre R$ 1.500,00 e R$ 1.600,00/t FOB, enquanto o trigo branqueador, escasso, supera R$ 1.700,00/t. Houve algumas compras no Rio Grande do Sul, mas os preços não estão compatíveis com os das farinhas.
Os fretes seguem elevados devido à colheita da soja e do milho. O trigo importado chega ao oeste do estado por US$ 265/270 e ao porto de Paranaguá por R$ 1.600,00/t, mais custos de transporte. A média semanal dos preços na pedra subiu 2,36%, para R$ 76,03/saca, enquanto os custos caíram para R$ 68,68, elevando o lucro médio do produtor para 10,70%.
Fonte: agrolink