As recentes oscilações nos preços da soja e do milho nos mercados de Chicago e Brasil refletem as incertezas e as perspectivas variáveis para ambas as commodities. Segundo a StoneX, os preços da soja em Chicago registraram uma queda significativa de 4,5% na última semana, com o contrato de setembro sendo negociado a 1018 cents por bushel.
Essa redução foi impulsionada por uma previsão robusta de oferta nos Estados Unidos, onde a produção da safra 2024/2025 foi estimada pela StoneX em 122 milhões de toneladas, superando a previsão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No Brasil, a produção de soja também foi projetada em um recorde de 165 milhões de toneladas, embora haja preocupações sobre o impacto potencial do fenômeno La Niña, que pode afetar a produtividade no hemisfério sul.
No caso do milho, os preços também apresentaram uma queda em Chicago, com o contrato de setembro encerrando a semana a 368,50 cents por bushel, uma baixa de 2%. A StoneX aponta que as condições favoráveis das lavouras nos Estados Unidos sustentam uma previsão otimista de alta produtividade, estimada em 386,3 milhões de toneladas para a safra 2024/2025. Entretanto, no Brasil, o cenário foi diferente. O preço do milho subiu 1,2% na B3, fechando a R$ 61,83 por saca, reflexo da desvalorização do real frente ao dólar, impulsionada pela aversão ao risco nos mercados internacionais.
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No que diz respeito à safra de milho no Brasil, a primeira safra do ciclo 2024/2025 foi estimada em 25 milhões de toneladas, representando uma redução na área plantada. Essa redução pode ser atribuída às condições econômicas internas e ao mercado internacional, que continuam a influenciar as decisões dos produtores brasileiros. A perspectiva para os próximos meses dependerá das condições climáticas, especialmente com a possível ocorrência de La Niña, e das flutuações cambiais, que poderão afetar tanto o custo de produção quanto a competitividade do milho brasileiro no mercado global.
Fonte: agrolink