Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a cultura da acácia-negra se destaca na região das Hortênsias, desempenhando um papel econômico e social significativo nas propriedades familiares. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (06/06), essa cultura proporciona diversificação de cultivos e geração de renda complementar.
Os desafios relacionados à sucessão familiar, que frequentemente resultam em escassez de mão de obra nas propriedades, limitam o pleno desenvolvimento da atividade. No entanto, o relevo acidentado da região favorece a continuidade desse cultivo como uma alternativa de produção. Produtores mais idosos e com dificuldades físicas muitas vezes optam por cultivar acácia-negra, contratando mão de obra para as fases de implantação e colheita como forma de manter a terra produtiva.
A maior parte das operações relacionadas à cultura, como corte e empilhamento, são terceirizadas, representando cerca de 60% dos custos da atividade, o que impacta a rentabilidade nas pequenas propriedades. Algumas iniciativas municipais visam incentivar o plantio da acácia-negra, com indústrias do setor fornecendo mudas para estimular novos cultivos. No entanto, requisitos legais como o cadastro de produtor florestal e o licenciamento da silvicultura podem desencorajar a expansão da cultura.
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O mercado da acácia-negra concentra-se principalmente na produção de energia, abrangendo cerca de 90% do consumo, incluindo aquecimento doméstico, industrial, além de uso em lareiras, fornos de restaurantes e produção de carvão. Uma parte menor da madeira é destinada para vigas na construção civil. Para os agricultores familiares, a venda de lenha para particulares, hotéis e indústrias representa uma importante fonte de renda. As atividades de controle de formigas, tratos culturais e colheita estão em andamento, com a cultura apresentando boas condições fitossanitárias. Os valores de comercialização da lenha e da casca permanecem estáveis.
Fonte: agrolink