Segundo a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o mercado de soja brasileiro vem apresentando oscilações em função de fatores econômicos como o câmbio e a taxa Selic.
Conforme dados da CEEMA, a moeda brasileira, que chegou a atingir R$ 5,90 após as eleições nos Estados Unidos, recuou para R$ 5,67 na última quarta-feira, impulsionada pela elevação da Selic para 11,25% ao ano e pela expectativa de medidas de controle fiscal ainda nesta semana. Com esse recuo, há uma tendência de ajuste nos preços da soja, que podem cair nos próximos dias caso o câmbio se estabilize em trajetória descendente.
Atualmente, a média gaúcha para o saco de soja está em R$ 129,23, com as principais regiões trabalhando entre R$ 127,00 e R$ 130,00 por saco. Outras regiões do país registraram preços entre R$ 122,50 e R$ 142,00. Apesar das oscilações, as expectativas para a safra 2024/25 permanecem otimistas, com projeções entre 166 e 172 milhões de toneladas, a depender do clima nas áreas produtoras. Segundo o CEEMA, o retorno das chuvas tem acelerado o plantio nas principais regiões, embora a falta de chuva ainda preocupe algumas áreas do Rio Grande do Sul.
O plantio já cobriu 54% da área esperada até 31 de outubro, um dos ritmos mais rápidos da história, ficando atrás apenas do ciclo 2018/19. O Mato Grosso, líder no cultivo, já atingiu 80% da área planejada, praticamente recuperando o atraso inicial, enquanto o Rio Grande do Sul registra 10% da área plantada, abaixo da média histórica de 16%. No Paraná, o plantio já alcançou 85%, com 4% das lavouras em estágio de floração.
googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘agk_14000_pos_4_conteudo_mobile’); });
Para novembro, o CEEMA projeta uma queda nas exportações brasileiras de soja, estimando vendas de 2,45 milhões de toneladas, uma retração de 45% em relação ao mês anterior e de 47% em comparação a novembro de 2023. A entrada dos Estados Unidos no mercado, após uma safra recorde de 124 milhões de toneladas, deve impactar as exportações brasileiras, direcionando a demanda global para o produto norte-americano.
Fonte: agrolink