O Centro de Pesquisa da Corteva Agriscience, localizado em Palmas, Tocantins, vem transformando o cenário do agronegócio brasileiro ao acelerar o desenvolvimento de novas cultivares. Utilizando tecnologias de ponta, a unidade se destaca por sua capacidade de realizar diversas safras em um ano, otimizando o processo de pesquisa e desenvolvimento de novas variedades que atendem às demandas crescentes do mercado. Regisley Durão, Líder do Centro de Pesquisa, explica que a inovação é fundamental para aumentar a competitividade e garantir produtividade contínua aos agricultores.
“O processo de desenvolvimento de uma cultivar envolve várias etapas, que podem variar dependendo da cultura, das estratégias e das tecnologias adotadas”, destacou Durão. “Esse é um processo demorado, que pode ultrapassar dez anos de pesquisa até que tenhamos um novo produto. Por isso, é essencial que o melhorista envolvido tenha um entendimento amplo do mercado, não só no presente, mas nas condições futuras que essa cultivar precisará enfrentar para ser competitiva”, complementou.
Durão explicou que o processo começa com a definição clara dos objetivos do programa de melhoramento, indo além da produtividade e incluindo fatores cruciais, como a resistência a doenças e a adaptação às condições ambientais. “Após a definição dos objetivos, buscamos explorar ao máximo os recursos genéticos disponíveis no banco de germoplasma, identificando os parentais que possuem as características desejadas. Trabalhamos com análises genotípicas e morfológicas, utilizando predições genéticas e computacionais para estimar o comportamento das combinações antes mesmo de levá-las ao campo”, disse.
Depois de identificar os parentais de interesse, os pesquisadores iniciam os cruzamentos, selecionando cuidadosamente os melhores indivíduos em cada geração. “Esse trabalho envolve várias gerações de cruzamentos e plantios subsequentes, onde fazemos seleções fenotípicas e genotípicas. Em paralelo, introduzimos biotecnologias que estão disponíveis para a cultura em questão, um processo que pode levar de dois a cinco anos na fase inicial”, explicou o especialista. Ele ressaltou que, ao longo do tempo, as cultivares que não apresentam as características desejadas são descartadas, enquanto as melhores são avançadas para testes mais rigorosos em campo.
Acelerando o desenvolvimento com tecnologias de ponta
Um dos diferenciais do Centro de Palmas é a aplicação de tecnologias modernas que aceleram o ciclo de desenvolvimento das cultivares. Durão explicou que a escolha de Palmas foi estratégica devido ao clima favorável, que permite realizar mais ciclos de safras em um mesmo ano. “Nós utilizamos um ambiente que naturalmente acelera o ciclo das plantas, aproveitando o clima quente e estável de Palmas. Isso nos permite obter múltiplas safras e, com o uso de tecnologias avançadas, como a cultura de tecidos e os marcadores moleculares, conseguimos selecionar as plantas de forma precoce, otimizando o processo de cruzamentos e seleção”, ressaltou.
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Entre as inovações tecnológicas utilizadas pelo centro está a tecnologia CRISPR, que promete revolucionar ainda mais o processo de melhoramento. “Estamos sempre em busca de novas ferramentas para acelerar o desenvolvimento. O uso de CRISPR, que é uma técnica muito promissora, e outras tecnologias em desenvolvimento têm potencial para transformar ainda mais nosso trabalho nos próximos anos”, afirmou Durão. Ele destacou que essas ferramentas, aliadas a recursos computacionais avançados, garantem maior agilidade em cada uma das etapas do processo, encurtando o tempo necessário para lançar novos produtos no mercado.
Estratégia e logística: Palmas como polo de inovação
A decisão de instalar o Centro de Pesquisa da Corteva em Palmas foi resultado de uma análise criteriosa que levou em consideração diversos fatores. “Palmas foi escolhida por não ter inverno, o que nos permite realizar mais ciclos de plantio ao longo do ano”, explicou Durão. “Além disso, a logística da cidade é favorável para movimentar o germoplasma entre nossos sites globais e para obter suprimentos necessários às nossas atividades. A infraestrutura da cidade também foi um ponto chave, oferecendo boas condições de segurança e qualidade de vida, fatores essenciais para atrair os melhores pesquisadores”, acrescentou.
O centro é considerado o mais moderno do Brasil, equipado com tecnologias de última geração que suportam as atividades de pesquisa e desenvolvimento da Corteva. “A implementação de equipamentos modernos e a infraestrutura local nos permitiram criar um ambiente propício para inovação. Isso é fundamental para garantir que estamos sempre à frente, oferecendo produtos superiores aos nossos agricultores”, ressaltou Durão.
Inovação contínua e sustentabilidade para o futuro do agronegócio
Regisley Durão também destacou a importância dos investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento para atender às demandas globais de produção de alimentos. “A cada nova cultivar que desenvolvemos, estamos focados em melhorar características fundamentais, como a resistência a pragas e doenças, a tolerância a condições adversas, como a seca, e o aprimoramento das características nutricionais das plantas”, afirmou. Ele destacou que a biotecnologia e a genômica têm sido peças-chave para garantir que as novas cultivares alcancem seu máximo potencial produtivo.
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“A cada ano, buscamos aumentar a produtividade por área plantada, o que é essencial para atender à crescente demanda global por alimentos de forma sustentável”, disse Durão. “A nossa missão é garantir que, por meio da pesquisa e da inovação, possamos fornecer soluções que aumentem a eficiência no campo e assegurem a sustentabilidade do agronegócio”.
Com a combinação de clima favorável, tecnologia avançada e uma equipe de especialistas altamente qualificados, o Centro de Pesquisa da Corteva em Palmas se consolida como um dos mais importantes polos de inovação agrícola no Brasil. Durão finaliza: “Estamos comprometidos em entregar, ano após ano, cultivares que ofereçam ganhos reais de produtividade e contribuam para o crescimento sustentável da agricultura”.
Fonte: agrolink