Em uma reunião realizada em Brasília, autoridades brasileiras e representantes do setor de pecanicultura discutiram os requisitos necessários para iniciar as exportações de noz-pecã para a China. O Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) participou do encontro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que abordou as exigências fitossanitárias do novo parceiro comercial.
Durante a visita recente da comitiva brasileira à China, foi aprovado o envio de nozes-pecãs descascadas. No entanto, ainda é necessário formalizar um acordo que atenda às especificações chinesas para iniciar as exportações. Eduardo Basso, presidente do IBPecan, destacou que os produtores, em sua maioria situados no Rio Grande do Sul, precisam assegurar que suas nozes-pecãs estejam em conformidade com as exigências de segurança alimentar. “Os chineses buscam produtos seguros e de alta qualidade, incluindo nozes-pecãs desidratadas, livres de insetos e bem embaladas”, afirmou Basso.
Ele explicou que, com a progressão das negociações, as indústrias brasileiras poderão se registrar como exportadoras de noz-pecã tanto no Mapa quanto no Ministério da Agricultura chinês. Esse processo visa garantir que os contêineres de nozes-pecã cheguem à China com um número de registro, facilitando as importações sem contratempos.
Basso acredita que o acordo sanitário permitirá não apenas o início das exportações de nozes descascadas, mas também pavimentará o caminho para a venda futura de nozes com casca. “O sucesso inicial facilitará a comercialização de nozes com casca em breve”, projetou o dirigente. Ele enfatizou a importância de otimizar a produção para atender aos requisitos, buscar parceiros comerciais e preparar-se para exportações, possivelmente de forma consorciada.
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O presidente do IBPecan também elogiou o trabalho do Itamaraty e do Mapa, agradecendo especialmente à Coordenadora-Geral da Qualidade Vegetal do ministério, Helena Ruger, e aos esforços do Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e do coordenador do Pró-Pecan, Paulo Lippi.
Em 2023, a produção de nozes-pecãs no Brasil foi de cerca de 7 mil toneladas. No entanto, devido a fatores como alternância natural da safra e problemas climáticos, a estimativa para 2024 é de 2 mil a 2,5 mil toneladas. Esse declínio já impactou os preços, que atualmente variam entre R$ 18 e R$ 22 por quilo, comparado aos R$ 14 a R$ 16 do ano passado.
Fonte: agrolink