Barreira fitossanitária impede entrada de pragas de citros e banana


Os fiscais estaduais agropecuários e técnicos administrativos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) trabalham em turnos extensos, das primeiras horas da manhã até a madrugada, em barreiras fitossanitárias para proteger a agricultura gaúcha de pragas prejudiciais. As informações são da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O greening, que afeta os citros, e o mal-do-Panamá, que danifica a banana, estão entre as preocupações. Eles atuam em postos fixos de fiscalização, como no Passo do Socorro, em Vacaria, abordando todos os caminhões que passam pela fronteira do Rio Grande do Sul com Santa Catarina.

 

Os fiscais, em equipes de dois a três servidores, permanecem em média uma semana no posto, verificando cerca de 400 cargas, das quais 61 são de produtos vegetais. Documentação como a Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV), termo ou atestado de conformidade e laudo laboratorial que confirme a ausência de pragas são essenciais para a liberação das cargas. Caso não estejam em conformidade, os produtos são impedidos de prosseguir para seu destino final.

O engenheiro agrônomo Cássio Martins, da Regional Osório da Seapi, explicou que as frutas e outros produtos vegetais requerem apenas a PTV, além da nota fiscal, enquanto as mudas de vegetais necessitam de documentação adicional, incluindo laudo que comprove a ausência de pragas.

A Seapi possui seis postos fixos de fiscalização nas divisas do Rio Grande do Sul: Vacaria, Torres, Barracão, Marcelino Ramos, Iraí e Goio-Ên, todos na fronteira com Santa Catarina.

O greening é uma grave doença que afeta os citros, causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., e já foi detectado em estados próximos ao RS, como Santa Catarina e no exterior, como no Uruguai e Argentina. Essa doença diminui a produtividade e a longevidade dos pomares, tornando algumas áreas de cultivo inviáveis.

Já o mal-do-Panamá, causado pelo fungo Fusarium oxysporum f. sp. Cubense (Foc), é uma preocupação para a produção de banana no Litoral do RS. A Raça 4 Tropical (R4T) desse fungo é mais agressiva e poderia afetar até 90% das variedades de banana cultivadas no país se introduzida. As principais formas de disseminação dessa praga incluem transporte de material infectado e solo proveniente de áreas infestadas.

A fiscalização é crucial para evitar a introdução dessas pragas no território gaúcho, protegendo assim a agricultura local.

 

Fonte: agrolink

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