Baixa luminosidade preocupa produtores de trigo no RS


O Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (15/08) revelou que o clima recente apresentou desafios para o desenvolvimento das lavouras de trigo no Rio Grande do Sul. Apesar das chuvas terem contribuído para a manutenção da umidade do solo, a baixa luminosidade tem sido um fator desfavorável para as plantas. A queda nas temperaturas, por outro lado, beneficiou o perfilhamento nas lavouras em estágio inicial, mas gerou preocupação entre os produtores cujas áreas estão em fase de floração.

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Em termos de sanidade, as lavouras de trigo se mantêm em condições satisfatórias. No entanto, há registros de doenças, o que tem exigido a aplicação preventiva de Fungicidas. O monitoramento de pragas e doenças continua em andamento. Os produtores seguem aplicando adubação nitrogenada em cobertura e herbicidas, especialmente nas áreas semeadas no final do período recomendado, com foco no controle de plantas invasoras, como o azevém.

De acordo com a Emater/RS-Ascar, a área cultivada de trigo no estado é de 1.312.488 hectares, com produtividade estimada em 3.100 kg/ha. Cerca de 8% dessas áreas já estão em floração, embora o percentual seja menor em comparação com safras anteriores.

Na região de Bagé, localizada na Fronteira Oeste, o retorno das chuvas foi positivo, mas o atraso na aplicação da adubação nitrogenada em cobertura pode comprometer o potencial produtivo de algumas lavouras. Em Itaqui, 80% das áreas em fase de alongamento apresentam baixo perfilhamento, cenário semelhante ao observado em Maçambará. Já em Manoel Viana, os produtores estão aplicando herbicidas e ureia devido à retomada da umidade no solo.

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Em São Borja, 10% das lavouras atingiram a fase de espigamento, enquanto 40% estão em fase de emborrachamento, e outras 40% em alongamento. A ocorrência de chuvas volumosas na região levou os produtores a intensificarem as pulverizações de fungicidas, principalmente nas áreas com ciclo mais avançado. Em São Gabriel, as lavouras apresentam coloração amarelada e porte baixo, o que preocupa os produtores locais.

Na região de Caxias do Sul, as chuvas contribuíram para manter a umidade do solo, favorecendo a aplicação de adubação nitrogenada. O perfilhamento é a fase predominante nas lavouras, com a baixa temperatura favorecendo o desenvolvimento de afilhos. A sanidade das lavouras é considerada boa, com baixa incidência de pragas.

Nas regiões de Frederico Westphalen e Ijuí, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, apesar das condições climáticas adversas. No entanto, a previsão de baixas temperaturas nas próximas semanas preocupa os produtores, pois pode afetar a produtividade, especialmente nas áreas com variedades precoces.

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O levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar indica um aumento de 0,29% no valor médio da saca de 60 quilos de trigo, que passou de R$ 68,80 para R$ 69,00. Na Bolsa de Cereais de Cruz Alta, o produto disponível foi cotado a R$ 87,00 por saca.

O clima, as práticas de manejo e o monitoramento constante serão determinantes para o sucesso da safra de trigo no Rio Grande do Sul, em meio aos desafios impostos pelas variações climáticas.

Fonte: agrolink

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