Baixa incidência de frio preocupa viticultores no Rio Grande do Sul


Na mais recente edição do Informativo Conjuntural, divulgada nesta quinta-feira (8) pela Emater/RS-Ascar, foram detalhados os desafios enfrentados pela viticultura na região de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul. A falta de frio intenso durante o inverno tem exigido adaptações dos produtores, principalmente para as videiras localizadas em altitudes até 350 metros. Nessas áreas, a variedade Vênus encontra-se entre os estágios fisiológicos de 5 (ponta verde) a 12 (5 a 6 folhas separadas e inflorescência visível), enquanto a variedade Bordô ainda está no estágio 1 (gemas dormentes). As variedades Niágara rosada e branca, assim como outras cultivares, apresentam estágios de 1 a 9 (2 a 3 folhas separadas).

googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘agk_14000_pos_3_sidebar_mobile’); });

Para as videiras situadas em altitudes acima de 350 metros, a variedade Bordô permanece no estágio 1, as Niágara rosada e branca variam entre 1 e 7 (primeira folha separada), e a variedade Seive Willar encontra-se no estágio 1. A insuficiência de horas de frio abaixo de 7,2 °C, um fator essencial para a dormência e o desenvolvimento das videiras, tem impactado diretamente na qualidade das uvas. Até o momento, a estação meteorológica de Caibi/SC registrou apenas 76 horas de frio, tornando necessária a aplicação de reguladores de crescimento para uniformizar a brotação das plantas.

No que diz respeito ao manejo das videiras, os produtores têm se dedicado ao plantio de mudas para expansão ou substituição de áreas, após perdas na última safra. A poda de produção, iniciada em junho, está em sua fase final. Apesar das dificuldades climáticas, as condições fitossanitárias dos vinhedos estão adequadas. As condições meteorológicas permitiram a aplicação de caldas erradicantes para controlar doenças fúngicas, utilizando calda sulfocálcica a 4° Baumé. Nas videiras da cultivar Vênus, que já começaram a brotar, os viticultores iniciaram tratamentos preventivos contra doenças como escoriose (Phomopsis viticola) e antracnose (Elsinoe ampelina). Foi observada uma pequena incidência de cochonilha-do-tronco (Hemiberlesia lataniae e Duplaspidiodus tesseratus).

Na região de Erechim, onde são cultivados 328 hectares, os produtores realizam adubações de inverno, finalizam as podas e executam enxertos e reposição de mudas para padronizar os parreirais. Em Soledade, o manejo das plantas de cobertura de inverno, como aveia preta e nabo forrageiro, está em andamento. Novos plantios de videiras estão sendo realizados em áreas previamente preparadas. Os tratamentos de inverno, essenciais para a prevenção de doenças primaveris como antracnose e escoriose, estão na fase final.

googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘agk_14000_pos_4_conteudo_mobile’); });

No Vale do Rio Pardo, os viticultores se preparam para iniciar a poda de inverno, seguindo as práticas necessárias para garantir o melhor desenvolvimento das videiras na próxima estação. As adaptações feitas pelos viticultores são cruciais para mitigar os impactos do clima e assegurar a produção de uvas de qualidade na safra vindoura.

Fonte: agrolink

Anteriores Com autorização de Bolsonaro, Ricardo Salles sai do PL e volta para o Novo
Próxima Jovem do MS perde parte do pulmão após fumar narguilé e “pod”