O Brasil, consolidado como o maior exportador de algodão do mundo, foi destaque no evento anual da International Cotton Association (ICA), realizado de 14 a 17 de outubro em Liverpool, Inglaterra. Representado pela Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa), o país participou de debates e eventos estratégicos para fortalecer sua posição no mercado têxtil global. Segundo Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, a presença ativa nas discussões internacionais é fundamental: “Não basta sermos os maiores exportadores; precisamos participar das decisões estratégicas, como a legislação europeia”.
Durante o evento, o Brasil realizou três iniciativas importantes, como o Cotton Brazil Luncheon, em 15 de outubro, que reuniu investidores e empresários para discutir dados e previsões da safra e exportação brasileira. Em 17 de outubro, o país participou de um painel sobre o papel da cotonicultura nacional no fortalecimento do algodão no setor têxtil, e ao longo do congresso, a delegação conduziu rodadas de negócios com tradings globais.
Ainda assim, o Brasil reconhece áreas a melhorar. A qualidade do algodão brasileiro evoluiu em características como resistência e comprimento, mas é preciso aprimorar o índice de fibras curtas e reduzir a presença ocasional de contaminação. Em logística, a necessidade de expandir rotas além do porto de Santos é crucial. Para isso, a Abrapa desenvolveu o ABR-LOG, um protocolo que visa otimizar operações nos terminais retroportuários.
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O evento ICA também antecipou tendências para o setor têxtil, como a sustentabilidade. Uma nova lei europeia visa informar o impacto ambiental das peças, favorecendo tecidos sintéticos como o poliéster em relação ao algodão natural. A inteligência artificial também ganha força, auxiliando no planejamento, manufatura e previsão de demanda.
Fonte: agrolink