A TF Agroeconômica informou que os resultados do Profarmer Crop Tour desta semana para a soja indicaram rendimentos superiores aos previstos pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu último relatório de agosto, sugerindo uma produção americana de soja ainda maior do que a esperada. Esse cenário, aliado à projeção de uma safra brasileira de 169 milhões de toneladas, 16 milhões a mais que as 153 milhões de toneladas da safra anterior, deve continuar pressionando as cotações em Chicago.
Analistas americanos compararam o gráfico da soja de 2024 com o de 2015 e notaram uma surpreendente semelhança nos últimos 12 meses, destacando que, em 2015, os preços chegaram a cair até $830/bushel, o equivalente a R$ 92/saca, sugerindo que esse patamar pode ser alcançado novamente nesta safra.
A recomendação da TF Agroeconômica é que os agricultores vendam o que resta da safra atual e também a próxima safra de soja. Com os preços atuais em torno de R$ 125,00, ainda é possível obter um lucro de cerca de 21,23% para a safra atual. Para a próxima safra, com preços de R$ 110,00, o lucro diminui para 6,68%, mas ainda é positivo. Caso os preços caiam mais, como preveem muitos analistas, os produtores podem enfrentar um cenário sem lucro, algo que não ocorre há muitos anos.
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Entre os fatores que podem sustentar os preços, está o comportamento da economia americana e do dólar. Após declarações de Jerome Powell, presidente do FED, sugerindo que uma redução nas políticas restritivas poderia manter um mercado de trabalho forte e trazer a inflação de volta para 2%, o dólar registrou uma queda. Com o dólar mais fraco, a soja americana tende a ser mais exportada, competindo com a brasileira. Além disso, as vendas diárias para exportação dos Estados Unidos, confirmadas pelo USDA, também impulsionam os preços, com 1.384.492 toneladas da nova safra já comercializadas, incluindo 794 mil toneladas para a China.
Por outro lado, os fatores de baixa incluem o bom estado das lavouras e os excelentes resultados do crop tour em Iowa, segundo maior produtor de soja, e em Illinois, o maior produtor. As contagens de frutos registradas foram superiores às do ano passado, sinalizando uma produção recorde em 2024/2025.
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Fonte: agrolink
