Até outubro de 2024, mais de 32 países já aprovaram a semeadura de cultivos transgênicos, evidenciando um aumento significativo no uso da biotecnologia para enfrentar desafios globais como a segurança alimentar e as mudanças climáticas. A expansão da adoção de cultivos geneticamente modificados (GM) é especialmente visível em países da África e da Ásia, que estão aprovando variedades transgênicas de cultivos locais, visando resistência a pragas e doenças, além de melhorar o valor nutricional das culturas.
Recentemente, a África tem avançado na adoção de cultivos GM. Em 2024, Gana se tornou o mais recente país a aprovar a comercialização de caupi transgênico resistente a pragas, enquanto Burkina Faso retomou o cultivo de híbridos de algodão Bt, que haviam sido interrompidos em 2016 devido a questões com a qualidade da fibra. O avanço na adoção desses cultivos em países africanos é parte de uma tendência crescente que visa melhorar a produtividade agrícola e reduzir custos de produção, com impactos econômicos positivos.
No campo do desenvolvimento de novos cultivos, pesquisadores de todo o mundo estão criando variedades GM com características aprimoradas, como arroz eficiente no uso de nitrogênio e resistente à salinidade, além de papas com resistência a doenças e cereais biofortificados com ferro, zinco e vitaminas. Cultivos resistentes à seca e mais nutritivos são vistos como soluções promissoras para enfrentar as mudanças climáticas e garantir a segurança alimentar.
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O arroz dourado, por exemplo, é uma variedade biofortificada com vitamina A, aprovada nas Filipinas em 2021, que pode reduzir a deficiência de vitamina A entre crianças pequenas, um problema crítico em muitas regiões do mundo. Outro exemplo é o milho TELA, desenvolvido para ser resistente a insetos e tolerante à seca, aprovado em vários países africanos, que pode aumentar a produtividade agrícola e combater perdas significativas causadas por pragas como o barrenador do milho. O avanço desses cultivos reflete a crescente confiança na biotecnologia como ferramenta essencial para a sustentabilidade agrícola.
Fonte: agrolink