F1: Brown diz que FIA lidou bem com a Red Bull sobre violação do limite de orçamento


O CEO da McLaren, Zak Brown, elogiou a FIA pela forma como o corpo diretivo lidou com a quebra do limite de custos da Red Bull em 2021, depois de ser um dos maiores críticos da equipe baseada em Milton Keynes.

Brown foi indiscutivelmente a pessoa mais dura no paddock da Fórmula 1, quando se tratou de pedir punições severas à Red Bull, após a notícia de que eles ultrapassaram o limite de orçamento em 2021.

Apesar de não nomeá-los diretamente, Brown escreveu uma carta aberta à FIA, descrevendo qualquer gasto adicional acima do limite como sendo ‘trapaça’, o que levou a uma coletiva de imprensa inflamada entre o homem da McLaren e seu colega da Red Bull, Christian Horner.

Depois de muita especulação e com algumas equipes pedindo por penalidades mais sérias, como a Red Bull e Max Verstappen perderem os pontos no campeonato de 2021 (o que anularia o primeiro título do holandês), a Red Bull acabou sendo multada em US$ 7 milhões e recebeu uma redução de 10% no tempo do túnel de vento para 2023.

Com o assunto agora resolvido, Brown elogiou a forma como a FIA, que é a encarregada de fiscalizar o limite e aplicar as penalidades, lidou com os gastadores excessivos.

“A implementação disso é muito difícil”, disse Brown ao podcast ‘Marshall Pruett’. “É bom você ter um ótimo CFO (diretor financeiro) que entenda como uma equipe de Fórmula 1 funciona.”

“Você tem escolhas a fazer, sobre onde gastar seu dinheiro e, obviamente, deseja gastá-lo nas áreas de maior desempenho absoluto, sejam pessoas, tecnologia ou o que você tiver”, disse ele.

“Com a FIA, tem sido um processo muito transparente. A FIA tem sido extremamente comunicativa, quer dizer, não há uma semana que não recebamos um memorando, um aviso ou uma atualização. Então eles estão constantemente nisso. Eu acho que eles são muito completos. Não acho que tenha as lacunas que as pessoas estavam preocupadas. Então, acho que o que aconteceu este ano não foi intencional.”

“É lamentável que alguém tenha violado o limite, mas houve pessoas como investidores e outras empresas, que investiram na categoria com base em um limite de custo, e uma das preocupações era se alguém realmente respeitaria isso, ou se seria possível fiscalizar corretamente.”

“Acho que quando tivemos essas duas infrações, acho que foi importante que fosse tratado de maneira apropriada e ampla para garantir que ninguém excedesse o limite. Acho que todos, incluindo aqueles que tiveram seus problemas, definitivamente levam isso a sério. Acho que também foi uma vitória”, acrescentou.

Brown admitiu que equilibrar esses custos, é como ‘um pouco de arte e ciência’, e as equipes correm o risco se chegarem muito perto do limite.

“Minha opinião é que ninguém gostaria de quebrar o limite”, disse o Brown. “Você quer chegar o mais próximo possível disso e essa é uma proposta difícil e assustadora, porque se você olhar para o que quer gastar, quer deixar US$ 1 na mesa, mas é muito apertado. Você pode sofrer um acidente faltando duas corridas ou arrancar uma asa dianteira, nunca se sabe.”

“Então isso é um pouco de arte e ciência. Todo mundo só precisa se sentir confortável com quanto espaço você tem, e com o tempo, acho que isso se tornará menos estranho para todos nós”, concluiu.

Apesar dessas dificuldades, Brown elogiou a ideia de um limite de custo e previu que os verdadeiros resultados disso, ainda não serão vistos por alguns anos.

 

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