Autoridades convenceram Trump a bloquear acordo da Nvidia com a China para chips avançados


À medida que Trump se preparava para sua viagem à Ásia em outubro, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, incentivava o presidente a permitir a venda da nova geração de chips de inteligência artificial para a China.
O acordo, que poderia valer dezenas de bilhões de dólares, também garantiria o acesso da empresa ao mercado chinês, mas acabou sendo bloqueado por assessores de Trump, que viram na transação uma ameaça à segurança nacional, segundo o jornal.
Entre os que se opuseram à aprovação do possível acordo estavam o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick — ambos desempenharam papéis centrais nas discussões comerciais, de acordo com a reportagem.
Como resultado, a venda dos chips Blackwell à China não foi discutida durante as conversas de Trump com o presidente chinês, Xi Jinping, na última semana em Busan, na Coreia do Sul.
Ainda assim, a Nvidia aguarda aprovação do governo Trump para prosseguir com uma versão menos potente do chip voltada ao mercado chinês, acrescentou o WSJ. Durante um evento da companhia antes da viagem de Trump à Ásia, Huang expressou preocupação com a possibilidade de os Estados Unidos deixarem o mercado chinês.
Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, fala em coletiva de imprensa na sede do órgão governamental em Pequim, China, 3 de março de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 18.10.2023

“Espero sinceramente que o presidente Trump nos ajude a encontrar uma solução”, afirmou Huang, segundo a reportagem. “No momento, estamos em uma posição desafiadora”, complementou.
Embora a reunião bilateral entre Trump e Xi não tenha resultado em um acordo comercial, os dois líderes fizeram algumas concessões — incluindo sobre fentanil e tarifas — e concordaram em continuar as negociações em breve, abordando também o tema dos chips e dos controles de exportação.
Em janeiro, o Departamento de Comércio dos EUA publicou um documento informando que o país estava impondo novas restrições à exportação de chips avançados e modelos de IA para proteger a segurança nacional e impedir o uso dessas tecnologias por países considerados hostis.
Segundo o departamento, as medidas visam evitar que Estados adversários utilizem a inteligência artificial para desenvolver armas, realizar ataques cibernéticos ou implementar sistemas de vigilância em massa. Ao mesmo tempo, a agência garantiu que o acesso a essas tecnologias avançadas será mantido para parceiros e aliados de confiança de Washington.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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