Os Estados Unidos não enviarão representantes de alto nível para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA) a partir de 10 de novembro, informou a agência Lusa em 1º de novembro. Segundo um responsável da Casa Branca, “os Estados Unidos não enviarão representantes de alto nível à COP30”, justificando que o presidente Donald Trump “dialoga diretamente com líderes de todo o mundo sobre questões energéticas”.
Desde que voltou ao poder, em janeiro, Trump retomou o discurso negacionista que marcou seu primeiro mandato. O republicano voltou a classificar as alterações climáticas como “a maior fraude de sempre” e a ironizar a ciência climática em fóruns internacionais. Também reativou o processo de retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris, repetindo a medida adotada em 2017. Contudo, a saída só poderá ocorrer após o cumprimento do pré-aviso de um ano, o que mantém o país formalmente como signatário até 2026, mesmo com o enfraquecimento político do compromisso.
De acordo com a Lusa, Washington chegou a sabotar planos internacionais voltados à redução das emissões de gases de efeito estufa, ameaçando com retaliações econômicas os países que apoiaram tais propostas. Ambientalistas temem que Trump vá além e promova a retirada dos EUA da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas, o que tornaria quase impossível uma futura reintegração do país ao sistema multilateral ambiental.
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Apesar da ausência da delegação oficial americana, mais de cem autoridades locais dos Estados Unidos, incluindo governadores, prefeitos e legisladores confirmaram presença em Belém. Reunidos na coligação “America Is All In”, esses representantes pretendem reafirmar o compromisso com a ação climática e fortalecer a cooperação internacional.
Fonte: agrolink
