O milho apresentou comportamentos distintos nos mercados brasileiro e internacional nesta segunda-feira. Segundo a TF Agroeconômica, os contratos do cereal na B3 recuaram, pressionados pela competitividade do milho americano, que mantém preços mais baixos e embarques robustos. Apesar disso, no mercado físico brasileiro os preços se mostraram mais firmes, sustentados pela posição cautelosa dos vendedores, pela valorização nos portos e pela alta do dólar. De acordo com análises do Cepea, mesmo com a colheita em fase final, algumas regiões chegaram a registrar leve alta, reflexo da limitação de oferta no spot e da estratégia de muitos produtores em esperar melhores oportunidades de venda.
Na bolsa brasileira, os contratos futuros encerraram mistos ao longo da semana, mas em queda no dia. O vencimento de setembro/25 fechou a R$ 65,99, recuando R$ 0,17 no pregão, mas acumulando alta semanal de R$ 0,25. O contrato de novembro/25 terminou a R$ 69,38, queda de R$ 0,07 no dia e ganho semanal de R$ 1,05. Já janeiro/26 encerrou a R$ 71,42, com baixa de R$ 0,23 na sessão, embora mantendo valorização de R$ 0,46 na semana. O cenário mostra que o mercado segue atento ao ritmo de embarques e à posição de compradores domésticos, que priorizam estoques antes de novas aquisições.
No mercado externo, as cotações do milho em Chicago avançaram sustentadas pela forte demanda internacional e pela diferença entre as projeções do ProFarmer, que apontou safra de 411 milhões de toneladas, e do USDA, que indicou 425 milhões. Essa diferença reforçou a percepção de que a oferta pode não crescer no mesmo ritmo da demanda. O contrato de setembro/24 subiu 0,24%, encerrando a US$ 389,20/bushel, enquanto o de dezembro avançou 0,18%, cotado a US$ 412,25/bushel. O aumento de 24,12% nos embarques semanais americanos também ajudou a impulsionar a leve alta em Chicago.
Fonte: agrolink