“Ficou público que os países estão pedindo para tirar a COP de Belém”, disse ele nesta quinta-feira (31), durante um evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e promovido pela Associação da Imprensa Estrangeira no Brasil (AIE).
De acordo com Corrêa do Lago, os hotéis da capital paraense estão cobrando valores até dez vezes superiores aos habituais, enquanto o esperado, com base em edições anteriores da conferência, seria um aumento de no máximo três vezes.
“Acredito que talvez os hotéis não estejam se dando conta da crise que eles estão provocando”, acrescentou, citado pela Folha de S.Paulo.
A principal insatisfação com os preços elevados vem sobretudo de nações em desenvolvimento, conforme noticiado pela agência Reuters. Na última terça-feira (29), a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) realizou uma reunião de emergência sobre o tema.
Richard Muyungi, presidente do Grupo de Negociadores Africanos, responsável pela convocação do encontro, disse à Reuters que o Brasil se comprometeu a considerar as queixas relacionadas à hospedagem e apresentar uma resposta no próximo dia 11, quando será realizada uma nova reunião.
“O Brasil tem muitas opções para termos uma COP melhor, uma boa COP. Por isso estamos pressionando para que o Brasil forneça respostas melhores, em vez de nos dizer para limitar nossa delegação”, explicou.
Em janeiro de 2023, ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou Belém como sede da conferência do clima da ONU, decisão que foi mantida pelo governo outras vezes, em meio a questionamentos quanto à capacidade da cidade de receber o evento.
Fonte: sputniknewsbrasil
