Procedimento está sendo feito em 641 equipamentos sorteados em todo o país; objetivo é comprovar segurança do sistema de votação
Foto: Leonardo Prado/Secom/MPF
Uma novidade nas eleições gerais, o chamado Teste de Integridade por meio do uso da biometria de eleitores voluntários – foi acompanhado neste domingo (2), em Brasília, pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, além de outras autoridades. Foram duas visitas ocorridas no início da tarde, em uma escola particular na região central e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Em todo o país, o procedimento está sendo realizado em 641 urnas, sendo que em 56 o procedimento utiliza a biometria de eleitores.
O vice-PGE destacou a importância do procedimento, frisando que a participação do MP nos testes revelou que o sistema é eficaz e seguro. “O Ministério Público confia plenamente no sistema digital de votação. A participação nos testes em Brasília e nas unidades da Federação foi muito bem-sucedida”, pontuou Paulo Gonet, destacando também o trabalho realizado pelo MP Eleitoral em todo o país. “Quero aproveitar para saudar o fantástico e incansável trabalho dos PREs, que estão acompanhando muito atentos todos os acontecimentos do dia. Os parabéns também para os promotores eleitorais. O MP não poupou esforços para contribuir para o sucesso das eleições”, completou.
O presidente do TSE enfatizou a inovação como sendo mais um esforço da Justiça Eleitoral para comprovar “a segurança, a transparência e a auditabilidade das urnas eletrônicas”. Ele lembrou que os equipamentos que receberiam o teste foram sorteados neste sábado (1º) e escolhidos pelas entidades fiscalizadoras. A estrutura foi montada ao lado das seções de votação real e os eleitores participantes convidados logo após o voto. “Ele simplesmente cede a sua biometria e, a partir disso, são os servidores que realizam o teste, que é filmado, exatamente para comprovar que o que foi colocado na urna é a vontade do eleitor”, enfatizou Alexandre de Moraes. Ao todo, mais de 1 mil eleitores foram voluntários no teste, até o início da tarde.
O número de urnas nas quais ocorre o teste de integridade, desta vez, mais de seis vezes superior à média das eleições anteriores, quando a votação paralela era feita em cerca de 100 equipamentos. No Distrito Federal, foram escolhidas 14 urnas. O procedimento é feito pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE/DF). O processo é concluído às 17h, com a coincidência entre os votos digitados no computador e o boletim de urna emitido no fim, demonstrando que a urna eletrônica reflete exatamente os votos digitados nela. O Teste de Integridade é acompanhado por uma empresa de auditoria.
Inteligência – Outra atividade de fiscalização que conta com a presença do MP Eleitoral neste domingo (2) é a realizada na Sala de Situação montada pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, em Brasília. O setor é responsável pelo acompanhamento das medidas de segurança voltadas para a proteção dos candidatos a presidente da República e, desde o início do processo eleitoral, atua com esse propósito. O local foi aberto às 7h e deve funcionar até as 20h. A representante do MP é a procuradora regional da República Raquel Branquinho, que atua em auxílio ao procurador regional Eleitoral no Distrito Federal, Zilmar Antônio Drumond.
O trabalho é acompanhado por autoridades de vários órgãos de segurança e de fiscalização. O objetivo do monitoramento em tempo real – com o acesso a informações de unidades da Polícia Federal e de outros órgãos de segurança de todo o país – é evitar qualquer transtorno ou risco à segurança de todos os candidatos.
