“A diplomacia brasileira é conhecida pela mediação, por prezar pelos princípios da soberania e da não intervenção entre os Estados. Então, ao contrário de romper relações, a política externa do Lula reflete esse caráter de mediação”, explica.
“E, ainda que o Brasil não rompa relações com Israel, há uma série de esferas, de foros em que o Brasil deve, sim, pressionar, porque a gente precisa ter muito claro que Israel tem cometido uma série de crimes de guerra, crimes contra a humanidade.”
“Para isso, um rompimento de relações diplomáticas descredenciaria o país como mediador”, afirma.
“Ao mesmo tempo em que setores progressistas da sociedade brasileira pressionam o governo Lula por um endurecimento da posição crítica do país em relação às ações do governo de Israel […], há também setores que defendem as políticas do governo de Benjamin Netanyahu. Vale lembrar que, desde o governo Bolsonaro, uma incorporação pela direita e extrema-direita das bandeiras de Israel passou a compor o quadro da polarização política no Brasil”, observa o especialista.
Fonte: sputniknewsbrasil