Armadilhas auxiliam manejo do algodão


Segundo Leonardo Semençato Francesco, especialista em controle biológico e manejo sustentável na agricultura neotropical, o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) segue como uma das maiores ameaças à cotonicultura brasileira. Na safra 2023/24, o Mato Grosso registrou o maior índice de infestação dos últimos 12 anos, com média de 8,97 bicudos por armadilha por semana (BAS), número quase quatro vezes superior ao ciclo anterior. 

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Esse cenário escancara as limitações de um manejo baseado majoritariamente em aplicações químicas. A crescente pressão da praga exige ações mais integradas, que combinem monitoramento inteligente, controle biológico e práticas agronômicas sustentáveis. O uso de feromônios para monitoramento segue relevante, mas é fundamental investir em abordagens complementares, como o uso do parasitoide Catolaccus grandis, promissor no controle de ovos e fases iniciais do inseto.

Francesco também destaca a importância da conservação de inimigos naturais, com a redução do uso de inseticidas de amplo espectro e o manejo da paisagem agrícola, além da adoção de armadilhas georreferenciadas para antecipar surtos. Aplicações químicas mais direcionadas, baseadas em dados populacionais, e a destruição eficaz dos restos culturais dentro dos prazos legais são medidas indispensáveis para conter a disseminação do bicudo.

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“O desenvolvimento de tecnologias mais seletivas, somado ao incentivo à pesquisa aplicada e ao fortalecimento de programas regionais de monitoramento, é essencial para reduzir os danos da praga e garantir a sustentabilidade da produção algodoeira no Brasil. O bicudo não é apenas um problema agronômico, mas um reflexo da necessidade de integração entre ciência, campo e políticas públicas voltadas à fitossanidade com base ecológica”, conclui.
 

Fonte: agrolink

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