Fundo do mar é também um ‘cemitério de supernovas’, sugere estudo científico


Ao analisar amostras em oceanos, pesquisadores encontraram uma variedade única de plutônio radioativo que parece ser detrito de um tipo raro de explosão cósmica chamada kilonova, que provavelmente detonou perto da Terra há cerca de dez milhões de anos.
Essas erupções ocorrem quando duas estrelas de nêutrons binárias se aproximam em espiral até colidirem de forma cataclísmica. As kilonovas também são fábricas de alguns dos elementos mais raros do nosso planeta, como ouro e platina.

“[As supernovas criam] pequenos fragmentos de rochas que literalmente podem chover sobre a Terra. Eles se acumulam nas profundezas do oceano e também permanecem na Lua”, comentou um dos integrantes da pesquisa, Brian Fields, astrônomo da Universidade de Illinois Urbana-Champaign.

Essas explosões estelares liberam partículas que se acumulam no fundo dos oceanos e até na Lua. Com mais amostras de solo lunar, os pesquisadores esperam verificar se essa kilonova realmente aconteceu, bem como determinar quando e onde ocorreu. Devido à sua geologia mais simples, a Lua deve fornecer uma imagem mais clara de como exatamente os detritos cósmicos chegaram lá, segundo o cientista.
O remanescente de supernova da Nebulosa de Caranguejo ou Taurus A, conforme fotografado pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST) - Sputnik Brasil, 1920, 13.03.2025

Explosões de supernovas libertam uma gigantesca quantidade de energia e, se uma estrela massiva explodisse perto da Terra, os resultados seriam devastadores.
Supernovas ocorrem no ciclo de vida de estrelas com mais de oito vezes a massa do Sol. Essas estrelas vivem vidas relativamente curtas e, ao ficarem sem combustível, explodem, espalhando produtos metálicos e energia pelo espaço.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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