Na manhã desta terça-feira (18), a vereadora Maysa Leão se pronunciou em apoio à família de Emilly Sena, jovem grávida que foi assassinada por Nataly Helen Martins Pereira no último dia 12 de março em Cuiabá. Em uma fala emocionada, Maysa manifestou solidariedade à mãe da vítima, Ana Paula, que pediu justiça pela morte de sua filha e pela segurança de sua neta, órfã do crime brutal.
Durante a sessão, Ana Paula, visivelmente abalada, fez um apelo à sociedade e ao Estado: “Eu gostaria de pedir justiça pelo que fizeram com a minha filha. Que o Estado ajude a encontrar os culpados, e que a justiça seja feita. Gostaria muito que os culpados pagassem pelo o que fizeram com minha filha. Porque esse crime não foi feito por apenas uma pessoa. Quantas mães terão que chorar por monstros como esses? Minha filha tinha sonhos e planos. E isso acabou. ”
Em resposta, Maysa Leão declarou total apoio à família e ressaltou que o caso não pode passar despercebido. “Quero dizer que todos nós sentimos muito e que nós fazemos um compromisso público aqui com a senhora, com a sua netinha e com a memória da Emilly de que nós vamos lutar para que isso não aconteça nunca mais no município de Cuiabá”, afirmou a vereadora.
Maysa também se manifestou sobre a necessidade de tipificação do crime como feminicídio, destacando a gravidade do caso. “Eu peço aqui também para que a justiça tipifique esse crime como feminicídio, isso faz toda a diferença, no respaldo para sua neta, para os direitos que ela tenha como órfã do feminicídio. Esse não é um homicídio. Não teríamos um homem grávido caçado. Essa mulher caçou grávidas. Ela buscou mulheres. É um crime contra a vida de uma mulher por ser mulher. Seria impossível que Emilly fosse caçada se ela não estivesse gestante, e ela não estaria gestante se não fosse uma mulher. Que seja feminicídio, que seja tipificado com todos os tipos de qualificadoras para que essas pessoas nunca mais saiam da cadeia”, enfatizou Maysa.
A vereadora também reafirmou a importância de tratar o crime como uma ruptura na sociedade, alertando para a necessidade de a justiça ser firme e garantir que autores de crimes tão brutais não retornem à convivência social. “Essa mulher [Nataly] é irrecuperável, ela não pode voltar a conviver socialmente e também faço das suas palavras, Ana Paula, as minhas. Ela não cometeu esse crime sozinha, a gente precisa dos outros autores, a gente precisa que as penas sejam para todos, a gente precisa ter uma sensação de que a vida da Emilly não foi embora em vão”, finalizou Maysa.
