“Essa estratégia firme e de sangue frio é a melhor estratégia possível, e está dando resultados. Então, vamos continuar nessa linha”, comentou o secretário, relatando as negociações do México com Washington sobre a intenção de Trump de introduzir tarifas de 25% sobre todos os produtos e bens do país latino-americano.
Segundo Ebrard, o México “se saiu melhor do que outros países ou se sairá melhor do que outros países” nas negociações sobre essas novas tarifas comerciais.
Ebrard afirmou que o governo de Claudia Sheinbaum ainda está analisando como responder à imposição de uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio que o governo Trump já decidiu impor a todos os países do mundo, mas que afeta o México devido à integração das economias dos dois países.
“Achamos que é uma má ideia porque a integração entre o México e os Estados Unidos (…) é muito alta. Ou seja, somos as duas economias mais integradas; então, ao impor uma tarifa, obviamente afetará muitas indústrias”, disse Ebrard.
De acordo com o secretário, a pasta sob sua responsabilidade iniciará consultas com as indústrias de aço, alumínio e automotiva, bem como todas as indústrias relacionadas, para preparar medidas para defender as empresas mexicanas ou buscar a revisão dessas tarifas.
“Há muitas medidas que podem ser tomadas, mas não as tomaremos precipitadamente”, esclareceu.
Ebrard defendeu a posição do México sobre as políticas comerciais do novo governo dos EUA em comparação às medidas tomadas por outros países ou blocos, como a União Europeia (UE), que anunciou medidas para conter a imposição de tarifas.
Segundo o secretário, o México esperará para ver quais decisões Trump tomará até 2 de abril, quando, segundo o próprio presidente dos EUA, tarifas serão impostas a vários países sob o princípio da reciprocidade.
“Faremos as consultas necessárias e nos prepararemos para usar todos os instrumentos que temos para determinar o que melhor convém ao México”, afirmou.
Ebrard viajou para os Estados Unidos nesta semana, onde se reuniu com várias autoridades do governo federal norte-americano para chegar a um acordo sobre tarifas, segurança e migração, as questões de maior preocupação em Washington em relação ao seu relacionamento com o México.
“Agiremos com compostura — esta é a instrução — e com firmeza, e alcançaremos a melhor posição possível para o México em comparação com qualquer outro país”, enfatizou.
Fonte: sputniknewsbrasil