O herbicida Paraquat, proibido em mais de 70 países devido aos seus impactos à saúde humana e à vida selvagem, continua a ser pulverizado legalmente nos Estados Unidos. Apesar das preocupações sobre sua segurança, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) reaprovou seu uso em 2024, desencadeando desafios legais. A organização Earthjustice, junto a grupos ambientais e agrícolas, entrou com uma ação judicial para revogar essa decisão, enquanto a Califórnia conduz uma revisão obrigatória sobre seus efeitos.
O Departamento de Regulamentação de Pesticidas da Califórnia identificou riscos ambientais severos, apontando que o Paraquat pode prejudicar aves, mamíferos e organismos aquáticos. Além disso, a análise de estudos de saúde existentes não confirmou uma relação direta entre o herbicida e a doença de Parkinson, mas indicou possíveis conexões com problemas na tireoide e defeitos congênitos. A ameaça a espécies vulneráveis, como uma espécie de raposa e outra de gavião, também foi destacada.
Jonathan Evans, do Center for Biological Diversity, enfatizou a crescente evidência contra o Paraquat, classificando-o como extremamente perigoso. No entanto, uma avaliação completa do impacto do herbicida na Califórnia só deve ser concluída em 2029, levantando preocupações sobre a exposição prolongada. “A evidência continua aumentando de que o Paraquat é muito perigoso”.
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O caso ilustra um problema maior, que é o possível impacto dos pesticidas na biodiversidade e na saúde humana. Essas substâncias são associadas comumente a doenças graves e ao declínio de espécies essenciais, como abelhas polinizadoras. O debate sobre a regulação do Paraquat nos EUA destaca os desafios de equilibrar produtividade agrícola e segurança ambiental.
Fonte: agrolink