Durante a conferência Global Grain Geneva-15, Sudhakar Tomar, presidente da India Middle East Agri Alliance (IMEAA), abordou aspectos críticos do comércio global de leguminosas, destacando os mercados da Índia e do Oriente Médio. Com uma visão abrangente, Tomar explorou as políticas agrícolas da Índia, suas implicações econômicas e as oportunidades para exportadores no cenário global.
Um dos pontos centrais de sua apresentação foi o impacto das políticas de proteção ao mercado interno da Índia, como o sistema de Preço Mínimo de Suporte (MSP), que visa garantir a autossuficiência em leguminosas. No entanto, Tomar ressaltou que tais políticas geram volatilidade no mercado, já que os preços são ajustados com frequência para alinhar-se às prioridades do governo. Além disso, questões como a inflação alimentar e os protestos dos agricultores contra as mudanças na legislação agrícola também influenciam fortemente as decisões comerciais.
Tomar destacou que o consumo de leguminosas na Índia gira em torno de 10 a 11 milhões de toneladas por ano, apresentando uma oportunidade significativa para os exportadores. No entanto, a busca por equilíbrio entre as necessidades de importação e a autossuficiência torna o mercado imprevisível, com o Paquistão, segundo maior importador de grão-de-bico, desempenhando um papel importante na dinâmica regional. Por outro lado, a demanda da China por leguminosas tem diminuído devido ao aumento de seus estoques domésticos e à redução da dependência de ervilhas importadas. As informações foram divulgadas por Namik Kemal Parlak, Editor Chefe da Miller Magazine.
Fonte: agrolink