Máquinas agrícolas: Mercados emergentes no Sudeste Asiático e na África


Nos próximos anos, a geografia dos mercados ainda verá a Europa e a América do Norte em destaque, mas um papel crescente será desempenhado por países como Indonésia, Vietnã, Filipinas e Tailândia, que já estão registrando crescimento nas importações de máquinas específicas. O crescimento populacional — a principal fonte dessa crescente demanda por tecnologias agrícolas — também será decisivo na África, começando com países como Nigéria, Etiópia e República Democrática do Congo.

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Espera-se que o setor de máquinas agrícolas cresça significativamente nos próximos anos, mas a geografia dos mercados mudará. Os principais mercados da Europa e da América do Norte manterão um alto nível de investimento para garantir elevados padrões de qualidade, e os dois gigantes asiáticos, Índia e China, tendem a estabilizar a mecanização nas grandes quantidades alcançadas nos últimos anos. Porém, os mercados emergentes serão os do Sudeste Asiático e da África. Esse foi o cenário descrito nesta tarde, em Bolonha, na conferência de introdução da EIMA International, a exposição internacional de máquinas agrícolas, que acontece no centro de exposições da cidade de amanhã, 6 de novembro, até domingo, 10 de novembro.

A demanda por máquinas agrícolas deve crescer significativamente — conforme explicado durante a conferência pela presidente da FederUnacoma, Mariateresa Maschio — nas regiões do mundo com grande desenvolvimento agrícola devido ao crescimento populacional, que requer equipamentos tecnológicos muito mais avançados do que os atualmente utilizados.

Um país-chave — como foi ilustrado na conferência — é a Indonésia, que, mesmo hoje, tem quase 300 milhões de habitantes, tornando-se um dos países mais populosos do mundo e destinado a aumentar ainda mais seu peso demográfico nos próximos anos. Na Indonésia, as importações de máquinas agrícolas vêm crescendo continuamente nos últimos 15 anos, passando de 140 milhões de euros em 2009 para quase 700 milhões de euros em 2023 (crescimento médio de 8,6% ao ano), com um aumento adicional previsto para os próximos quatro anos (2024-2027) de 6,7% ao ano.

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Mas as importações de máquinas agrícolas também estão crescendo em outros países populosos do Sudeste Asiático: o Vietnã (100 milhões de habitantes) espera um aumento anual de 6,2% nas importações nos próximos quatro anos; as Filipinas (110 milhões de habitantes) devem aumentar as importações em 7,8% nos próximos quatro anos; enquanto a Tailândia (71 milhões de habitantes), após um crescimento muito lento nos últimos 15 anos, de apenas 1% ao ano, deve registrar um aumento anual de 6,8% no período de 2024 a 2027.

A variável demográfica é ainda mais influente no continente africano, se for verdade que a África Subsaariana sozinha será responsável por 50% do crescimento populacional mundial em 2050. No continente africano, destaca-se a Nigéria, que já tem 230 milhões de habitantes e terá mais de 400 milhões em 2050 (sendo o terceiro país mais populoso do mundo), seguida pela Etiópia e pela República Democrática do Congo, ambos com mais de 100 milhões de habitantes e destinados a ver um crescimento significativo nos próximos 20 anos, entrando para o grupo dos 10 países mais populosos do planeta.

Na Nigéria, atualmente apenas 46% das terras cultiváveis são utilizadas — conforme afirmado durante a conferência — e na República Democrática do Congo, apenas 10% das terras aráveis são usadas para a agricultura. Assim, colocar novas terras em produção é uma prioridade para esses e outros países do continente, com um aumento na demanda por tecnologias no futuro próximo (de agora até 2027, as importações de máquinas agrícolas crescerão 7% ao ano na Etiópia e 12% no Congo), mas ainda mais nos próximos 20 anos.

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Fonte: agrolink

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