De acordo com o recente relatório da Federação Europeia de Café (ECF) há um aumento nos estoques de café na União Europeia (UE) nos últimos meses. Em agosto, a recuperação elevou os estoques a 8,85 milhões de sacas, após níveis historicamente baixos registrados no início de 2024.
O avanço deve-se ao aumento das importações de robusta e arábica lavado, especialmente de países como Brasil, América Central e África Oriental, conforme explica Laleska Moda, analista de café da Hedgepoint Global Markets. Apesar da alta nas importações, os estoques europeus ainda permanecem aquém das médias históricas e dos níveis de 22/23. Laleska pontua que a demanda por café na UE continua alta e que a aparente recuperação dos estoques tem sido limitada pelo consumo ainda elevado.
Segundo análise da Hedgepoint Global Markets, Com a implementação do Regulamento da Deforestação Zero (EUDR) pela UE, a demanda por café brasileiro registrou um salto no 2º e 3º trimestres de 2024. o movimento deve continuar até o final do ano, impulsionado pela maior procura por robusta, mesmo com a entrada de novas safras vietnamitas em breve. “Ao longo dos próximos meses, o adiamento do EUDR pode causar uma redução nas importações, mas a demanda segue sólida”, observa Laleska. Para a analista, o aumento nos estoques deve ocorrer apenas gradativamente, enquanto o consumo aparente, ainda robusto na UE, pode pressionar as importações e dar suporte aos preços do café a médio prazo.
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Além disso, os preços futuros de café também foram influenciados pela expectativa de oferta mais robusta, com o retorno das chuvas no Brasil e uma safra promissora de robusta no Vietnã. Com isso, o spread do café robusta segue oscilando conforme a recuperação dos estoques europeus e globais, trazendo expectativas de mercado que prometem atenção redobrada ao consumo no próximo inverno do hemisfério norte.
Fonte: agrolink