Segundo a análise da edição de setembro do Boletim Agropecuário produzido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) divulgado pelo Observatório Agro Catarinense, o preço da soja em Santa Catarina caiu em agosto, com uma variação negativa de 3,13% em relação a julho, fechando a média mensal em R$121,83 por saca de 60kg. Essa queda reflete uma tendência observada no mercado internacional, onde os preços futuros da soja em Chicago também recuaram, pressionados pela realização de lucros e ajustes no preço do trigo. Contudo, nos primeiros 10 dias de setembro, houve um leve movimento de recuperação no estado, com alta de 2,63%.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, os preços da saca de soja estão 10,01% mais baixos em termos reais. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revisou para cima sua estimativa de produção global, que agora ultrapassa 429 milhões de toneladas. Esse aumento na oferta mundial pode continuar pressionando os preços para baixo, limitando o potencial de ganhos no curto prazo.
No Brasil, o clima adverso também tem sido um fator de influência nos preços. A safra americana está sendo colhida, e as condições climáticas no Brasil, o maior produtor mundial de soja, podem impactar diretamente os preços globais. A previsão de chuvas e calor acima da média para o estado de Santa Catarina nos próximos meses pode afetar a produção e, consequentemente, a comercialização da soja.
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A safra 2024/25 de soja em Santa Catarina começa a ser plantada em outubro, e a estimativa inicial aponta para um aumento de 1,78% na área plantada. A produtividade média também deve subir significativamente, com um incremento de 10,80%, atingindo 3.820kg por hectare. A expectativa é que a produção total da soja 1ª safra alcance cerca de 2,9 milhões de toneladas, um aumento de 12,77% em relação à safra anterior.
As exportações de soja de Santa Catarina, entre janeiro e agosto de 2024, somaram cerca de 994,2 mil toneladas, um volume inferior ao registrado no mesmo período de 2023, em função da queda significativa na safra 2023/24. A comercialização externa, que tradicionalmente ganha força logo após a colheita, teve seu pico em abril, com exportações mensais variando entre 119 mil e 158 mil toneladas desde então.
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Fonte: agrolink