De acordo com o relatório do Bank of America, assinado por David Beker, chefe de economia para o Brasil e de estratégia para a América Latina, o Banco Central do Brasil (BCB) deverá iniciar um ciclo de alta de juros na próxima reunião do Copom. A expectativa é de um aumento de 25 pontos-base, seguido por duas elevações de 50 pontos-base ainda este ano e uma última alta de 25 pontos-base em janeiro de 2025, elevando a Selic de 10,50% para 12%.
O relatório sugere que, embora outros bancos centrais, como o Federal Reserve (Fed), devam cortar juros, há um risco de menos altas no Brasil. As informações foram divulgadas pelo Bank of America. A projeção atualizada do banco prevê que a Selic termine 2024 em 11,75%, diferente da previsão anterior, que mantinha os juros em 10,50% até o fim do ano. Para 2025, o pico de 12% deve ser alcançado em janeiro, com a taxa permanecendo estável por quatro reuniões consecutivas, antes de iniciar cortes em setembro. A Selic deve encerrar 2025 em 10,75%, acima da projeção anterior de 9%, e permanecer em 9% até o final de 2026.
Quatro fatores principais motivaram essa mudança na perspectiva: a persistência das expectativas de inflação, a desvalorização do real, o crescimento econômico acima das previsões e a precificação de um aumento de juros já refletida na curva de juros local. A alta da Selic deve contribuir para ancorar as expectativas de inflação e reforçar a credibilidade do Banco Central.
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Além disso, o relatório aponta que a atividade econômica brasileira tem surpreendido positivamente, impulsionada por um mercado de trabalho aquecido, crédito em expansão e demanda doméstica forte. No entanto, a combinação de taxas de juros acima do nível neutro e uma redução no impulso fiscal pode desacelerar a economia. O Bank of America prevê um crescimento de 2,7% para este ano, com riscos de revisão para cima, e 2,5% para 2025. A inflação deve se manter em 3,9% em 2024 e 3,6% em 2025, caso a bandeira tarifária da energia elétrica volte ao verde em dezembro.
Fonte: agrolink