O solo, elemento vital para a agricultura e o clima, se destaca como o maior reservatório de carbono do sistema terrestre. Esse foi o ponto de partida da fala do pesquisador da Embrapa, Alexandre Ferreira, ao abrir o painel “Modelos de Sistema de Produção para Algodoeiro: Impactos no Perfil e Estoque de Carbono no Solo”, durante o 14º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), que acontece na capital cearense até essa quinta-feira (05). O debate trouxe a importância de um manejo do solo que não só sustente a agricultura, mas que também mitigue os efeitos das mudanças climáticas
Em sua apresentação, Ferreira destacou um desafio global crescente: a cada 13 anos, haverá um bilhão de novas pessoas a mais no mundo, aumentando a demanda por alimentos e consequentemente, as emissões de gases de efeito estufa.
Já o coordenador de pesquisa da SLC Agrícola, Fábio Ono, apresentou exemplos práticos de talhões comerciais acompanhados pela SLC em mais de 20 fazendas pelo Brasil, demonstrando como a gestão eficiente do solo pode resultar em ganhos de produtividade e sustentabilidade.
Por sua vez, o pesquisador Junior Cesar Avanzi trouxe à tona a importância de analisar o perfil do solo em profundidade e ressaltou que a avaliação das camadas abaixo de 20 centímetros é crucial. “É preciso entender a disponibilidade de água, a distribuição de partículas por tamanho e, principalmente, o acúmulo de carbono. O manejo em profundidade é essencial para alcançarmos produtividades mais elevadas”, enfatizou.
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Em sua apresentação, Alexandre Cunha, também da Embrapa, mostrou estudos de longa duração que apontam como os sistemas de produção podem contribuir para uma agricultura de baixo carbono, integrando práticas modernas e sustentáveis. “A melhoria da qualidade do solo é atribuída ao seu manejo mais conservacionista, a exemplo do sistema de plantio direto”, refletiu Cunha nas considerações finais do debate.
Fonte: agrolink