A quinta-feira (29) foi de alta no açúcar na maioria dos lotes das bolsas internacionais, com o mercado impulsionado pela menor produção da commodity no Brasil e pela iniciativa do governo indiano de permitir, à partir de 1º de novembro, que as usinas produzam etanol diretamente do caldo ou xarope, o que deve estimular a produção do biocombustível naquele país, que tem a meta de aumentar a mistura de etanol na gasolina já no próximo ano.
Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto, tela outubro/24, foi contratado a 19,89 centavos de dólar por libra-peso, alta de 35 pontos, ou 1,8%, no comparativo com os preços da véspera. Durante a sessão o contrato chegou a bater a máxima de seis semanas, chegando a 19,98 cts/lb. A tela março/25 subiu 27 pontos, contratada a 20,11 cts/lb. Os demais lotes oscilaram entre baixa de 15 pontos e alta de 19 pontos.
Segundo a Reuters, a associação de usinas Unica informou na quarta-feira que a produção de açúcar no centro-sul do Brasil totalizou 3,11 milhões de toneladas métricas na primeira metade de agosto, uma queda de 10,2% em relação ao ano anterior e abaixo das expectativas do mercado.
“Os incêndios nos canaviais brasileiros aumentaram os problemas na safra do maior produtor mundial, segundo especialistas. A Unica disse que as perdas potenciais aparecerão no próximo relatório”, destacou a Agência UDOP de Notícias.
Londres
Na ICE Futures Europe, de Londres, a quinta-feira foi de alta em todos os lotes do açúcar branco. O contrato outubro/24 foi comercializado a US$ 557,20 a tonelada, valorização de 12,50 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela dezembro/24 subiu 8,30 dólares, contratada a US$ 539,10 a tonelada. Os demais contratos subiram entre 90 cents e 7,30 dólares.
Mercado doméstico
No mercado interno a quinta-feira foi de baixa nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 129,43, contra R$ 130,73 de quarta-feira, desvalorização de 0,99% no comparativo.
Etanol hidratado
Já o etanol hidratado voltou a cair pelo Indicador Diário Paulínia ontem. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.692,00 o m³, contra R$ 2.695,50 o m³ praticado na quarta-feira, queda de 0,13% no comparativo entre os dias.
Fonte: agrolink